O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Carlos Velloso, afirmou hoje (16/05) que “é hora de botar um fecho ecler na boca” ao ser indagado por jornalistas, no intervalo da sessão do plenário, sobre sua opinião a respeito do parecer do senador Roberto Saturnino (PSB/RJ) em que pediu a cassação dos senadores José Roberto Arruda (sem partido-DF) e Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) por improbidade administrativa no caso da violação do painel do Senado.

O ministro também não quis comentar a possibilidade dos senadores Paulo Souto e Waldeck Ornelas, ambos do PFL da Bahia, entrarem no STF com uma ação direta de inconstitucionalidade contra a decisão do Conselho de Ética do Senado de realizar a votação da cassação de Arruda e Antônio Carlos Magalhães por voto aberto.

Carlos Velloso disse que não poderia fazer qualquer manifestação, o que significaria um pré-julgamento, porque a questão deve acabar no STF. “Hoje, quase tudo passa pelo Supremo. Segundo o ministro Pertence, o Supremo virou a UTI do Congresso. Mas isso é muito bom porque mostra uma prática eficaz do regime democrático”, afirmou.