O sobe e desce das Bolsas de Valores. A valorização do dólar. A desvalorização do real. O que significa isso tudo? A crise financeira internacional, provocada pelos Estados Unidos, já chegou ao Brasil? Esse e outros questionamentos estarão no programa "Fórum", da TV Justiça, desta semana. A estréia será hoje (24), às 20h30, com reprises no sábado, às 20h, domingo, às 18h, segunda-feira, às 21h, e quarta, às 12h.   

O diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília, Marcus Faro de Castro, e o diretor da Associação Nacional dos Procuradores do Banco Central, Fabiano Jantalia, explicam o funcionamento das bolsas, do mercado financeiro e destacam a necessidade de regulação dessas leis do mercado.

Fabiano Jantalia afirnma que "a visão do mercado é utópica". Segundo ele, "o mercado entende que deve se auto-regular. Para o mercado, não há limites. O problema disso é que os interesses econômicos quase nunca coincidem com os ideais de justiça. É o mito da auto-regulação."

Marcus Faro de Castro, por sua vez, diz que "os Estados Unidos e a Inglaterra são os defensores dessa auto-regulação". Ele cita o exemplo da última reunião do Grupo dos Oito, quando a Alemanha foi incisiva pedindo regulação para o capital especulativo e esses dois países bloquearam a iniciativa. Para o professor da Universidade de Brasília, "agora não tem saída. Está se criando um consenso de que é preciso haver uma regulação pública dos mercados financeiros".

Faro de Castro também questiona a atuação das agências de avaliação de risco. "São empresas privadas que deram notas mais altas do que deveriam dar para ativos financeiros criados por bancos de investimento lá de Wall Street", que acabaram falindo. "São essas agências que fixam o risco-Brasil, por exemplo, e essas notas não são produtos de conhecimento científico, tem muito de palpite", chancela o professor. "Então, qual é afinal a consistência e credibilidade desses índices, quando dizem que o Brasil ou o Chile têm risco?".

Fonte: TV Justiça