TV Justiça: A busca desenfreada pela beleza por meio das cirurgias plásticas
O primeiro registro de uma cirurgia plástica ocorreu na Índia. Há dois mil anos, quem cometia o adultério naquele país e era descoberto tinha que carregar uma marca para o resto da vida. A condenação era amputar o nariz de quem fosse pego em delito. Mais tarde, cirurgiões indianos tentavam reconstruir a ponta do nariz das vítimas, utilizando um retalho da face interna do braço e também pontas de orelhas. Este tipo de cirurgia foi descrito no livro de Sushruta.
Hoje, num mundo globalizado, a cirurgia plástica ultrapassou as fronteiras medicinais e virou moda. Constrói corpos esculturais, transforma rostos procurados pela Justiça e acaba com qualquer imperfeição ingrata da natureza sobre a estética do homem. Mas, a busca desenfreada por essa intervenção tem levado milhares de pessoas à morte.
Esse é o assunto do "Repórter Justiça" que estreia nesta sexta-feira (19). Roberto D’Avila, vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, critica a banalização da cirurgia plástica. “É lamentável quando a lei coloca a área da saúde dentro dessa possibilidade (de consórcio). A beleza buscada em cirurgias, em procedimentos invasivos tem um risco muito grande e é perigoso você ficar oferecendo esse tipo de consórcio”, diz.
O Brasil é o segundo país no mundo em número de cirurgias plásticas e em quantidade de cirurgiões. Só perde para os Estados Unidos. São quatro mil médicos e 630 mil cirurgias plásticas por ano. Durante o programa, os depoimentos de várias pessoas que se submeteram a cirurgias plásticas. A satisfação e a decepção desses pacientes e o desalento dos que perderam entes queridos vitimados nessas intervenções.
O "Repórter Justiça" vai ai ar nesta sexta, às 21h30", pela TV Justiça, com horários alternativos: no sábado, às 18h, segunda-feira, às 13h30 e quarta-feira, às 18h
.
Fonte: TV Justiça