Supremo recebe pedido de HC de acusado por morte de empresário em São Paulo

15/09/2003 17:06 - Atualizado há 8 meses atrás

O ministro Cezar Peluso é relator de Habeas Corpus (HC 83.516), com pedido de liminar, ajuizado junto ao Supremo Tribunal Federal em favor de Wagner Meira Alves, para que possa responder em liberdade a processo pela acusação de ter sido o mandante da morte do empresário João Carlos Ganme, ocorrido em 21 de outubro de 1999, em São Paulo.


 


A defesa requer a revogação de sua prisão preventiva, com a conseqüente expedição de alvará de soltura. Argumenta que a prisão preventiva não pode ser utilizada como meio antecipado de punição e que Wagner Alves se encontra preso desde 7 de fevereiro de 2000, depois de ter sido torturado para confessar um crime que não cometeu.


 


Os advogados sustentam que a confissão é nula. Dois Habeas Corpus ajuizados anteriormente no Tribunal de Justiça de São Paulo e no Superior Tribunal de Justiça com o fim de anular o depoimento “prestado na fase inquisitorial” foram negados.


 


Alegam que Wagner Alves está preso há mais de 3 anos e 5 meses, sem que tenha havido decisão sobre Recurso em Sentido Estrito ajuizado para contestar a sentença de pronúncia, por meio da qual o juiz confirma a autoria do crime e determina o julgamento do réu pelo Tribunal do Júri.


 


O ex-empregado do empresário assassinado, foi acusado de ter mandado matar o patrão, porque este teria descoberto que Wagner Alves estaria “roubando gado e madeiras da Fazenda Santa Rita”, que pertence à família de João Carlos Ganme.


 


De acordo com noticiário publicado à época pela imprensa, João Carlos Ganme teria sido morto em seu escritório, no andar térreo do edifício Nagib Ganme, na Rua Augusta. O crime foi atribuído a um ex-jogador de basquete,Cacildo de Jesus Lopes.


 


O pedido de Habeas Corpus informa que Wagner Alves também foi acusado de ter sido o mandante da morte de Cacildo Lopes, em dezembro de 1999. Também de acordo com o noticiário da imprensa, outras quatro pessoas estariam envolvidas na morte do empresário.


 



Ministro Peluso, relator do HC (cópia em alta resolução)


 


#SS/PG//AM

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.