O Supremo Tribunal Federal realizou hoje (29/5) sessão solene em homenagem ao ministro aposentado Néri da Silveira, que atuou durante 21 anos na Corte. Durante a solenidade, houve manifestações de apreço de representantes do Supremo, Ministério Público da União e Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. Houve discursos pronunciados, respectivamente, pelo ministro Nelson Jobim (STF), pelo procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro (MPU), e pelo advogado Carlos Mário da Silva Velloso Filho (OAB).

Escolhido para saudar o colega em nome da Corte, o ministro Nelson Jobim quebrou a tradição ao não trazer discurso escrito e deu um tom informal à reverência prestada ao ex-professor de faculdade.

“Quero dizer ao Tribunal que esta informalidade da saudação decorre exatamente da necessidade de que a austeridade deste Tribunal e desta Corte possa ser perpassada pelo carinho, pela emoção e pelo reconhecimento de seus ex-alunos, que ele soube formar, soube ensinar”, disse Jobim. De acordo com a praxe, o ministro Néri da Silveira não compareceu à cerimônia.

Entre os presentes à homenagem estavam a esposa do ministro Néri, Ilse Maria Dresch da Silveira, os ministros aposentados do STF, Octávio Gallotti, Aldir Passarinho, Xavier de Albuquerque e a corregedora-geral da União, Anadyr Mendonça. Além disso, estava na solenidade Gilmar Mendes, indicado como ministro substituto à vaga aberta com a aposentadoria de Néri da Silveira.

Os presidentes da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Cláudio Maciel, e da Associação Nacional dos Magistrados Trabalhistas (Anamatra), Hugo Cavalcanti e do Instituto dos Advogados Brasileiros, Ivan Alkimim, também compareceram.

No intervalo da sessão solene destinado ao cumprimento  de seus familiares, o ministro Néri da Silveira recebeu novas homenagens.

“É um exemplo de homem público. Não apenas de magistrado, mas de homem público, trabalhando em prol do bem-estar dos seus concidadãos”, disse o presidente do Supremo, ministro Marco Aurélio.

Para o futuro ministro do STF, Gilmar Mendes, Néri da Silveira é um homem de convicções extremamente firmes; lhano no trato, mas absolutamente independente e isento. “Acho que tudo isso caracteriza  e marca a judicatura do ministro Néri da Silveira”, comentou.

“Não só foi um grande juiz como, também, um grande administrador, por onde passou”, observou o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro aposentado Paulo Costa Leite.

O presidente da Anamatra, Hugo Cavalcanti Melo Filho, lembrou que Néri da Silveira sempre foi um exemplo de equilíbrio,  além de extremamente atencioso com as demandas da magistratura trabalhista.

Ministro Jobim: ex-aluno de Néri da Silveira (cópia em alta resolução)

Procurador-geral da República, homenagem do Ministério Público (cópia em alta resolução)

Ministro Marco Aurélio cumprimenta esposa do ministro Néri (cópia em alta resolução)

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