Supremo comemora centenário de nascimento do ministro Adaucto Lucio Cardoso

02/06/2005 17:36 - Atualizado há 12 meses atrás

A primeira parte da sessão plenária desta quinta-feira (2/6) foi reservada à homenagem ao centenário de nascimento do ministro Adaucto Lucio Cardoso. Ele participou da composição da Corte entre os anos de 1967 a 1971 e faleceu em 1974, no Rio de Janeiro.


O ministro Gilmar Mendes falou em nome do Supremo. Ele destacou julgamentos relevantes que tiveram a participação do homenageado, e citou trecho do discurso proferido na sessão de aposentadoria de Adaucto Cardoso: “O ministro honrou esta Corte pela probidade, inteligência, cultura e dedicação aos maiores ideais inspiradores de nossas instituições jurídicas”, relembrou Mendes. “Que esta Corte e a sociedade brasileira reconheçam a grande contribuição oferecida por Adaucto Cardoso”, finalizou.


Representantes do Conselho Federal da OAB e do Ministério Público Federal também discursaram em homenagem ao centenário de nascimento do ministro. Aristóteles Atheniense, da OAB, afirmou que “é preciso que a história não se esqueça da contribuição magnífica que o nosso homenageado trouxe”. Para o vice procurador-geral da República, Antônio Fernando Barros e Silva de Souza, o destemor, a audácia e a integridade do ministro Adaucto Cardoso, “fizeram dele uma personalidade inconfundível”.


Também estiveram presentes à solenidade Carlos Eduardo Paladine Cardoso, filho do homenageado, os ministros aposentados do Supremo Aldir Passarinho, Ilmar Galvão, Rafael Mayer e Octávio Gallotti, os senadores José Sarney e Antônio Carlos Magalhães, o advogado-geral da União, Álvaro Augusto Ribeiro da Costa, o ex- presidente da Anamatra, Grijalbo Coutinho, e o atual presidente, José Nilton Pandelot.


Sobre o ministro


Adaucto Lucio Cardoso nasceu em Curvelo, Estado de Minas Gerais, no dia 24 de dezembro de 1904. Após os estudos iniciais na cidade natal e no Ginásio Mineiro, em Belo Horizonte, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde se bacharelou pela Faculdade Nacional de Direito, em 1927. Ainda estudante, o seu primeiro emprego foi o de repórter de A Notícia e, depois, conferente de cargas do Lóide Brasileiro, onde, após formado, assumiu os cargos de consultor jurídico, procurador e membro do Conselho Administrativo.


O ministro também atuou na política. Foi eleito vereador, em 1947, no antigo Distrito Federal, pela União Democrática Nacional (UDN). Um ano depois, renunciou ao mandato por discordar das disposições da Lei Orgânica, que conferiram ao Senado o exame dos vetos do prefeito do Distrito Federal. Em 1954, foi eleito deputado federal, também pela UDN. No ano de 1966, presidiu a Câmara dos Deputados, cargo a que, posteriormente, renunciou. Exerceu ativamente a advocacia, tendo sido membro do Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (Rio de Janeiro), delegado do Estado de Minas Gerais no Conselho Federal e membro do Conselho Federal.


Posteriormente, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal pelo presidente Castelo Branco, em 1967. Aposentou-se em 1971 e faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de julho de 1974.


EC/FV



Ministro Gilmar Mendes discursa em nome da Corte (cópia em alta resolução)

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