STF prossegue oitiva de testemunhas de defesa de Anderson Torres na manhã desta quarta-feira (28)

O ex-ministro da Justiça é um dos réus do Núcleo 1 da ação penal que investiga tentativa de golpe de Estado

28/05/2025 12:32 - Atualizado há 2 dias atrás
Edifício-sede do STF com estátua da Justiça em primeiro plano Foto: Antonio Augusto/STF

A audiência para ouvir testemunhas de defesa dos réus na Ação Penal (AP) 2668, que apura tentativa de golpe de Estado e outros crimes, prosseguiu na manhã desta quarta-feira (28), no Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão foi aberta pelo relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, realizada por videoconferência e durou cerca de 45 minutos.

Estavam previstas cinco testemunhas, mas apenas duas foram ouvidas em favor do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres. Ele é um dos réus do chamado “Núcleo 1” ou “Núcleo Crucial” acusados de articulação de um plano para a ruptura institucional, de forma a impedir a posse do presidente eleito em 2022.

Prestaram depoimento Antonio Ramiro Lourenzo, ex-secretário executivo do Ministério da Justiça e ex-chefe de gabinete de Anderson Torres, e Rosivan Correia de Souza, coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). O ministro Alexandre de Moraes homologou o pedido de dispensa das testemunhas Marcio Phurro e Jorge Henrique da Silva. Já o depoimento de Gustavo Henrique Dutra será remarcado, pois ele não compareceu à audiência.

A oitiva de testemunhas de defesa é fase da instrução da ação penal e será realizada até o próximo dia 2 de junho. O primeiro grupo de depoentes foi ouvido no dia 19 de maio e incluiu testemunhas indicadas pela acusação, representada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. Até o momento já foram prestados 40 depoimentos.

Além de Anderson Torres, respondem na mesma ação penal o ex-presidente Jair Bolsonaro, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier dos Santos, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, o ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto. Todos são acusados de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

(Adriana Romeo/AS//AL)

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