STF homenageia Augusto Aras em sua última sessão à frente da PGR
O mandato do procurador-geral da República se encerra na próxima semana.
Na sessão desta quinta-feira (21), o ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), em nome da Corte, homenageou o procurador-geral da República, Augusto Aras. Após quatro anos, ele encerra sua gestão à frente do Ministério Público Federal (MPF) na próxima semana.
Mendes destacou que Aras assumiu o MPF em um período desafiador da história da nação, com a pandemia que assolou o mundo, eleições conturbadas que dividiram o país e constantes ataques à democracia, que culminaram com a invasão dos prédios dos três Poderes da República no dia 8 de janeiro. “A despeito da aridez do tempo atual, o procurador-geral da República nos garantiu firmeza no compromisso para com o Estado de Direito. Adotou postura de equilíbrio, sensatez e austeridade na condução do órgão de cúpula do MP”, disse.
O decano ressaltou que, ao longo de sua gestão, Aras procurou trabalhar em estreita colaboração com o STF, defendendo a independência dos Poderes e o respeito às decisões judiciais.
Dever institucional
O procurador-geral da República, em seu discurso, agradeceu o diálogo respeitoso mantido entre as instituições nos últimos quatro anos. “Nas distintas e complementares competências que a Constituição reservou ao Judiciário e ao Ministério Público, a missão final é a única: construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento nacional, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzir desigualdades sociais e regionais e promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor , idade ou quaiquer formas de discriminação. Prossigamos todos e cada um nessa sagrada missão comum em prol de um Brasil melhor”, afirmou.
Aras agradeceu o trabalho harmônico e coordenado em torno de um projeto de MP fortalecido pela unidade, pelo equilíbrio e pela eficiência. “O chamado do Ministério Público, tal como o evangelho de Cristo, é o de servir e bem servir a todos os brasileiros indistintamente, e assim fizemos ou procuramos fazer diuturnamente”, declarou.
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