O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Maurício Corrêa, determinou o envio de cópia, ao Ministério da Justiça, de correspondência do governador de Roraima, Flamarion Portela, em que relata ameaça de morte e seqüestro contra ele e seus familiares. As ameaças, segundo o governador, teriam partido supostamente de integrantes da Polícia Civil, não aprovados em concurso público, para quem a culpa da reprovação seria do governador.

Flamarion Portela diz que “aproveitadores de ocasião” têm defendido a idéia de que concurso público é uma opção de contratação de servidores e não uma imposição da Constituição Federal. Segundo o governador, dos 80 mil inscritos para o concurso de admissão à polícia civil somente nove mil serão aproveitados, por ser este o número de vagas existentes, o que estaria despertando o descontentamento de integrantes da Polícia Civil.

Salienta o governador que “não se pode descartar a hipótese de alguma coisa acontecer até porque há precedentes históricos de pessoas que foram covardemente assassinadas por defenderem idéias não coincidentes com o mando político de sua época”.

Ao remeter a correspondência ao Ministério da Justiça, o ministro Maurício Corrêa afirma que “não é da competência do Supremo Tribunal Federal a preservação da integridade física de cidadãos ameaçados” e deu ciência de que o documento foi enviado ao titular daquele Ministério.

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