STF é sede do 1º seminário da Rádio Justiça
Foi realizado na manhã de hoje (5/5), no Supremo Tribunal Federal, o 1º Seminário da Rádio Justiça, que reuniu aproximadamente 90 profissionais ligados à assessorias de comunicação dos órgãos da Justiça em outros Estados. “O radiojornalismo público e a Justiça” foi o tema do encontro que teve como objetivo expor o projeto editorial da emissora e explicar como deverão se dar as participações na programação da emissora.
O assessor-chefe de Imprensa do STF, Renato Parente, responsável pelo painel “Histórico, o projeto editorial e os objetivos da Rádio” iniciou sua exposição afirmando que a inauguração da Rádio Justiça dá início a um novo ciclo da comunicação social da Justiça brasileira. Segundo Parente, o caminho foi aberto pela TV Justiça, que juntamente com a Rádio irá promover a aproximação do Judiciário com a sociedade.
“Com a finalidade de atingir diretamente o povo brasileiro, hoje a Justiça dispõe de todos os canais possíveis de comunicação”, disse Renato Parente. De acordo com ele, a criação e a implantação da Rádio Justiça permitirá aos mais humildes a oportunidade de conhecer a máquina do Judiciário, antes conferida apenas aos privilegiados que dispunham de computador com acesso à internet ou TV por assinatura. “Todos terão direito de saber sobre os seus direitos. A Justiça prestará contas ao jurisdicionado com mais clareza, para que suas decisões sejam mais bem compreendidas e acatadas”, concluiu.
Renato Parente rememorou o excelente retorno da população – no total de 40 milhões de brasileiros – que, segundo levantamento do IBOPE e do ICV, acompanhou a programação da TV Justiça, no dia 8 de dezembro de 2003. naquela data, em que se comemorou o Dia da Justiça, a programação da emissora foi direcionada à divulgação de pronunciamentos de juizes brasileiros à sociedade. A convocação inédita aos magistrados foi do presidente Maurício Corrêa, no sentido de transformar o feriado em uma data na qual o Poder Judiciário falou diretamente aos cidadãos.
Painel II
Conduzido pelo diretor de jornalismo da Radiobrás, José Roberto Barbosa Garcez, pela chefe de radiojornalismo da empresa, Kátia Sartório, e pelo âncora Walter Lima, o painel sobre a operação e a produção da Rádio Justiça foi dedicado à discutir a programação e a viabilidade do envolvimento das assessorias de comunicação.
O painel foi iniciado por José Roberto Garcez. Ele destacou a comunicação pública no Brasil como grande desafio desta década. “Um cidadão bem informado saberá exigir os demais direitos que lhe são devidos”, avaliou Garcez. Ele ressaltou que a rádio é o único e principal veículo de acesso à informação para grande maioria dos brasileiros.
A chefe de radiojornalismo, Kátia Sartório, deu continuidade ao painel fazendo um breve relato sobre a estrutura da Radiobrás, empresa de comunicação do Poder Executivo que irá operar a Rádio Justiça. Ela colocou a Radiobrás à disposição do Judiciário para o intercâmbio de informações entre os Poderes e propôs uma parceria entre as rádios em grandes acontecimentos de interesse da população.
O âncora Walter Lima encerrou a palestra. “A rádio Justiça já nasce grande porque nasce integrada com a Radiobrás e seus meios de comunicação, uma potência”, disse. Ele lembrou que em agosto do ano passado houve o primeiro contato entre a Radiobrás e o STF. Uma equipe desenvolveu um trabalho, considerado por ele o “embrião da Rádio”, referindo-se ao programa Rádio Justiça Revista, transmitido pela Radiobrás. “A população precisa conhecer a Justiça para usufruir do que ela pode oferecer” Walter Lima revelou que o Rádio Justiça revista vai continuar sendo transmitido pela Radiobrás, às sextas-feiras de 10h às 11h. Em uma síntese sobre o funcionamento da emissora do Judiciário, Walter Lima elencou os nomes, horários e o conteúdo de cada programa da Rádio Justiça. Relatou, por fim, qual será a rotina de trabalho e sobre a troca de informações com as assessorias de comunicação.
Painel III
Do terceiro e último painel, participaram o presidente da Radiobrás, Eugênio Bucci, o jornalista Eduardo Castro da Rádio e da TV Bandeirantes e o radialista e advogado José Carlos Cataldi, que debateram o tema “Radiojornalismo e Justiça”.
“Podemos testemunhar que o diálogo entre os Poderes têm amadurecido rapidamente e deixa frutos institucionais. O caso da Rádio Justiça é mais uma demonstração dessa realidade”, afirmou Bucci. O jornalista, assim como outros palestrantes do seminário, cumprimentou o assessor-chefe de Imprensa do STF, Renato Parente, pela “persistência e dedicação”. e por sua grande importância na consolidação da TV Justiça e no surgimento da Rádio Justiça.
“A inauguração da Rádio é uma semente do que já vem acontecendo na Justiça”, afirmou Cataldi em sua exposição. “Temos a chance de aproveitar o momento e fazer da rádio uma emissora respeitável, séria. A audiência é o reflexo de um trabalho bem prestado, resultado da compreensão popular da Justiça”, disse.
Por último, o radialista e advogado José Carlos Cataldi enumerou alguns tópicos que, a partir de sua experiência, devem ser levados em conta para o bom funcionamento do rádio. De acordo com ele, matérias trabalhistas e sobre previdência despertam maior atenção dos ouvintes, que possuem muitas dúvidas em relação a esses temas. Cataldi classificou em segundo lugar as perguntas a respeito do Direito de Família e, em terceiro lugar, o Direito Eleitoral, acompanhado pelos direitos fundamentais.
Rádio Justiça estréia com seminário (cópia em alta resolução)
#EC/SS//AM