Refrão apresenta música de Wilson Simonal interpretada pelo filho Simoninha

02/08/2009 08:00 - Atualizado há 9 meses atrás

A carreira de Wilson Simonal pode ser dividida em antes e depois de 1971. Naquele ano um dos cantores mais populares do país começaria a enfrentar uma batalha para limpar a própria honra. Nos anos 60, o criador da “pilantragem”, que ele definia como um estilo musical próprio, fez história com apresentações marcantes nos festivais de música da época. Simonal não era “apenas” um cantor, foi ele o primeiro “showman” brasileiro.  Além de ser uma homenagem ao ativista negro norte americano, “Tributo a Martin Luther King” foi dedicada ao filho mais velho Wilson, que acabara de nascer.

E é ele, o filho, quem se encarrega de resgatar a música do pai. “Eu interpreto essa música desde que o meu pai faleceu porque foi uma forma também, há nove anos, de devolver essa homenagem a ele”. Simoninha, como é conhecido, é o convidado do programa "Refrão" desta semana, que a TV Justiça apresenta neste domingo (2), às 20h, com reapresentações na terça-feira, às 18h, quarta-feira, às 13h30, e sábado, às 20h30.

Artista precoce, a carreira de Simoninha começou cedo, aos seis anos já fazia dublagens. Nos anos 80, entrou para a banda do Zé Pretinho, de Jorge Ben Jor, e a carreira musical não parou mais. Paralelo a isso, também é produtor musical de uma das principais gravadoras do país.

Na conversa, Simoninha fala sobre o Brasil hoje, das dificuldades que o pai viveu e do documentário “Ninguém sabe o duro que dei”. Lançado em maio, conta a vida do pai Simonal em vários momentos ao longo de duas décadas. “O filme é um espetáculo e um fenômeno de público, que já passou de 70 mil pessoas. Está entre os documentários mais assistidos da história do Brasil.”

O programa tem ainda a participação do historiador Antônio Barbosa.

"Refrão": Um jeito diferente de ouvir música!

Conheça a letra da música:

 

Tributo a Martin Luther King

Composição: Wilson Simonal – Ronaldo Bôscoli

Sim, sou negro de cor
Meu irmão de minha cor
O que te peço é luta, sim, luta mais
Que a luta está no fim

Cada negro que for
Mais um negro virá
Para lutar com sangue ou não
Com uma canção também se luta, irmão
Ouvir minha voz
Lutar por nós

Luta negra demais (luta negra demais)
É lutar pela paz (é lutar pela paz)
Luta negra demais
Para sermos iguais
Para sermos iguais

(cordão)
Ninguém vai me acorrentar
Enquanto eu puder cantar
Enquanto eu puder sorrir
Enquanto eu puder cantar
Alguém vai ter que me ouvir

 

Fonte: TV Justiça

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