Programa STF +Sustentável implementa medidas de cuidado socioambiental no Supremo
Em sessão plenária, o ministro Luís Roberto Barroso anunciou alguns objetivos da iniciativa, como fim do consumo de garrafas pet e uso de energia renovável pela Corte.
No início da sessão plenária desta quarta-feira (20), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, anunciou o lançamento do Programa STF +Sustentável, que prevê um conjunto de ações de sustentabilidade socioambientais. Entre as medidas adotadas pelo programa, o ministro citou a eliminação das garrafas pet, que são extremamente impactantes ao meio ambiente, e o planejamento para a construção de uma usina fotovoltaica (usina solar), a fim de abastecer o STF com energia elétrica renovável.
Pouco antes do início da sessão, o presidente participou de breve cerimônia de lançamento do Programa STF +Sustentável. Ao falar para o público presente, lembrou dos eventos climáticos extremos que vêm ocorrendo em todo o mundo. “A mudança climática, o aquecimento global e a importância da sustentabilidade não são questões abstratas, estão presentes já nos nossos dias e implicam dramaticamente no futuro das próximas gerações”, afirmou o ministro Barroso. Para ele, o grande conceito nesta matéria é o de desenvolvimento sustentável, “o que significa que cada geração pode consumir os recursos que precisa para sua sobrevivência, mas não tem o direito de comprometer os recursos necessários para as próximas gerações”, completou.
Escultura
Na ocasião, o ministro inaugurou uma escultura produzida com garrafas plásticas recolhidas no período de um mês no andar da Presidência. O objetivo de mostrar o “copão” é sensibilizar servidores e colaboradores sobre os impactos negativos gerados pelo grande volume de lixo plástico no STF. A escultura está localizada em frente ao restaurante.
A estrutura de plástico chama bastante atenção não só pela matéria-prima, mas também pelo tamanho. Com 2,40 metros de altura e quase 130 cm de diâmetro, ela foi fabricada com cerca de 3.220 garrafas plásticas. Junto com o “copão” também foi produzido um canudo gigante. Ao todo, de 5/10/2023 a 10/11/2023, o Edifício Sede do STF descartou 7.530 garrafas.
O material em exposição foi construído pelo servidor Roberto César Eustorgio, pelo colaborador Bento dos Santos Campos, ambos da Secretaria de Administração de Serviços e Gestão Predial (SAP), e pela colaboradora Natália Siqueira, da Secretaria de Relações com a Sociedade (SRS).
Impacto e sensibilização
A ideia da exposição é trazer um incômodo visual e físico, a fim de gerar uma sensibilização de todos, um alerta para quem circula no STF sobre a grande quantidade de lixo plástico produzida internamente.
O Tribunal tem diminuído o uso de garrafas plásticas e, em breve, todas elas serão abolidas. Atualmente, remanescem apenas as unidades que já tinham sido licitadas, e novas garrafas plásticas em material mais sustentável estão por chegar ao Tribunal.
Mudanças
As novas contratações são de garrafas Tetra Pak e de alumínio. As garrafas Tetra Pak, por exemplo, são produzidas de maneira ecologicamente correta e podem ser transformadas em telhas ecológicas.
Além disso, o STF já instalou, em suas dependências, 13 filtros de alta vazão, reservatórios maiores que fornecem água gelada e de qualidade.
Agenda 2030
O fim das garrafinhas plásticas no STF está alinhado com quatro Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). São eles o ODS 12, que trata do "Consumo e Produção Sustentáveis", e o ODS 14 "Vida na Água", uma vez que a poluição por plásticos nos oceanos representa ameaça aos ecossistemas marinhos, além dos ODS 6 e 13, direcionados a proteger o meio ambiente.
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