Procuradoria de Minas Gerais propõe ao STF interpelação do BNDES em razão de leilão de ações
A Procuradoria Geral de Minas Gerais propôs (24/9), ao Supremo Tribunal Federal, interpelação (PET 2786) ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) por ter realizado leilão público de ações de titularidade da Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig).
A Procuradoria informa, na ação, que o estado de Minas Gerais detém 97,0101% do total das ações da Comig. As demais pertencem a sete mil pequenos acionistas e, até dezembro do ano passado, 2,5315% pertenciam à Companhia do Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), objeto de leilão público pelo BNDES.
Essas ações foram adquiridas pela empresa Solaris Company Limited, representada no leilão pelo Citibank. De acordo com a interpelação, a empresa é constituída por outras sociedades com personalidade jurídica própria, “não sendo dado a conhecer qual a composição social de cada uma delas”.
Como a Comig desenvolve atividades de interesse estratégico de Minas Gerais, diz a Procuradoria Geral do estado, é indispensável o conhecimento detalhado sobre seus acionistas. Além disso, alega ainda, não houve, no edital de leilão, qualquer exigência sobre a qualificação prévia dos interessados.
A Procuradoria de Minas requer que o BNDES esclareça, em 15 dias, se houve verificação da qualificação dos compradores, a apresentação da constituição social da empresa e, entre outras questões, se já adquiriu ações de outras entidades públicas.
Procuradoria de MG: interpelação ao BNDES no Supremo (cópia em alta resolução)
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