Representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e de confederações filiadas entregaram hoje (22/9) ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, documento pedindo ações do Tribunal para conter o que chamaram de “perseguição à organização sindical”. O documento é resultado do seminário nacional sobre “Demissão de Dirigentes Sindicais – Democratizando o Mundo do Trabalho”, realizado nos dias 1° e 2 de setembro, em Brasília.

Após o levantamento de dados  relativos às demissões, a CUT pretende produzir um dossiê e apresentá-lo às autoridades. De acordo com os dirigentes sindicais, mais de 500 líderes foram demitidos em todo o país, tanto no setor público como no privado. A estimativa é que até o fim do mês de outubro o banco de dados esteja finalizado e disponibilizado na página da CUT na internet. Além do STF, o grupo já entregou o documento no Tribunal Superior do Trabalho (TST), no Ministério Público do Trabalho (MPT) e na Casa Civil da Presidência da República.

Greve

Na mesma oportunidade, outro documento foi entregue ao ministro Jobim, denunciando as formas adotadas pelos bancos para reprimir a greve dos bancários. “Está sendo utilizado um instrumento chamado ‘interdito proibitório’, que impede os sindicatos de ficarem na porta dos bancos fazendo instruções de esclarecimento”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Bancários da CUT, Vagner Freitas. Ele explicou que todos os bancos utilizam-se de aparato policial para inibir a greve.

EC/BB