Presidente do STF sugere alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, sugeriu hoje (24/4) alteração na Lei de Responsabilidade Fiscal que leve em consideração a densidade populacional de cada estado para fixação diferenciada do limite de gastos com pessoal no Poder Judiciário, estabelecido pela lei em 6%. A proposta foi feita em audiência ao deputado federal João Eduardo Dado (PDT-SP). Marco Aurélio manifestou sua preocupação com a situação do Judiciário paulista que tem adiado a nomeação de mais de seis mil aprovados em concurso para atividades de apoio, em decorrência do limite imposto pela lei. “Os 6% são insuficientes ao bom funcionamento da máquina judiciária”, opinou o presidente do Supremo, que defendeu a fixação do limite de cerca de 7% para os gastos com pessoal no judiciário de São Paulo. De acordo com a sugestão do ministro Marco Aurélio, o projeto de lei levaria em conta uma escala que teria o estado de São Paulo no topo. Em seguida, viriam outras unidades da Federação nas quais o Poder Judiciário pudesse eventualmente vir a sofrer restrições em sua atuação, em conseqüência dos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Conforme sugeriu o presidente do Supremo, o percentual de 6% permaneceria na Lei de Responsabilidade Fiscal, sendo acrescido de um “plus”, que levaria em conta o número de habitantes em cada estado. “Quanto maior a densidade populacional, maior o desenvolvimento do próprio estado e, aí, a cidadania é acionada mais vezes e se tem uma demanda de processos bem maior”, explicou o ministro. “A lei foi um grande passo voltado a uma austeridade maior nos gastos com pessoal, mas cabem agora os consertos com ”s“ e com “c” visando o funcionamento do Judiciário, que é o responsável pela manutenção da paz social”, concluiu o presidente do Supremo. #SS/BB//AM
Presidente do STF recebe deputado paulista João Eduardo Dado (cópia em alta resolução)