Presidente do STF fala a representantes do setor produtivo em Belo Horizonte (MG)

06/08/2004 19:44 - Atualizado há 12 meses atrás

O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, visitou hoje (6/8) a Olimpíada do Conhecimento, em Belo Horizonte (MG), um evento realizado pela Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e pelo SENAI.


A competição reúne alunos dos cursos profissionalizantes, ganhadores das olimpíadas realizadas regionalmente nos 26 Estados e no Distrito Federal. Os vencedores da etapa nacional disputarão a Olimpíada Mundial, em abril, na cidade de Helsink, na Finlândia.


Jobim ficou impressionado com o evento, que considerou importante para países que precisam de incentivo na área de ensino profissionalizante e um elemento fundamental para a inclusão social.


Judiciário


O presidente do Supremo também participou de uma reunião com os presidentes das 27 Federações de Indústria do país e com a diretoria da Confederação Nacional da Indústria.


Falando aos industriais, Jobim disse que o Judiciário tem se firmado como parceiro da sociedade, no sentido de ajudar no processo de desenvolvimento da nação. “Nós buscamos, e os senhores do setor produtivo também buscam, a congregação de forças para esse processo de desenvolvimento”.


O ministro se reportou ao discurso proferido quando tomou posse na presidência do STF, ao afirmar que “nos últimos anos, os Tribunais Superiores se tornaram uma espécie de terceira e quarta instâncias do Judiciário, enfraquecendo a justiça nos Estados”.


Ele disse que é hora de fortalecer a justiça estadual e deixar para os Tribunais Superiores as ações constitucionais, no caso do STF, e as ações que dizem respeito à federação, no caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ).


Jobim também voltou a defender a realização de um estudo amplo para que a sociedade possa ter a real dimensão do custo do Judiciário, com levantamentos sobre a “taxa de congestionamento” e de “recorribilidade”.


“Precisamos saber a quem interessa o aumento da litigiosidade e quem se beneficia do subsídio oculto embutido na demora de soluções judiciais”, disse, fazendo alusão aos resultados obtidos em pesquisa realizada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, discutida ontem durante reunião com os dirigentes do Banco Central, da Aneel e da Anatel.


RR




Ministro Nelson Jobim (esq.) e empresário Carlos Eduardo Moreira Ferreira durante as Olimpíadas (cópia em alta resolução).


 

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