PGR solicita ao Supremo informações sobre senador Antônio Carlos Magalhães
A Procuradoria Geral da República solicitou ao Supremo Tribunal Federal a folha de antecedentes penais do senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA) para que possa se manifestar no Inquérito (Inq 1938) que apura o possível crime de injúria cometido contra o deputado federal Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). A PGR também pediu que fossem informados quantos e quais são os Inquéritos – incluindo Queixa-crime e Notícia-crime – e Ações Penais a que ACM responde perante o STF.
Sobre o Inquérito 1938, o advogado do senador, José Gerardo Grossi, sustenta que o processo deve ser suspenso conforme dispõe o artigo 89 da Lei nº 9.099/95, pois “nos crimes em que a pena mínima cominada for igual ou inferior a um ano, abrangidas ou não por esta Lei, o Ministério Público, ao oferecer a denúncia, poderá propor a suspensão do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado não esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, presentes os demais requisitos que autorizariam a suspensão condicional da pena (art. 77 do Código Penal)”.
Geddel Vieira Lima, por sua vez, alega que não se pode conceder ao senador a suspensão condicional do processo, como requer a defesa de ACM, “em razão do denunciado, senador Antônio Carlos Magalhães, já responder a outros processos criminais, inclusive perante essa Corte”.
Diante do argumento de Geddel, a Procuradoria Geral da República resolveu pedir informações relativas a Inquéritos e processos a que o senador responde, para, posteriormente, se manifestar sobre uma possível suspensão condicional do processo.
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