Para Rogério Pazetti, o embrião não é apenas um amontoado de células

O Dr. Rogério Pazetti, graduado em Biologia pela Universidade Mackenzie e doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP, apresentou a palestra em que aborda que a vida do ser humano começa na fecundação. “Eu quero mostrar que o Brasil não deixa a desejar a nenhum país do nível dos seus pesquisadores e cientistas”, salientou.
O biólogo e doutor sintetizou os conceitos mais utilizados na área e, no início da exposição, afirmou que o embrião não é apenas um amontoado de células. Ele fez analogia a um time de futebol. “No time há um treinador e cada jogador tem a sua função dentro daquele conjunto. Eles trocam sinais, informações e todos dirigidos para o mesmo fim, portanto não há um amontoado de jogadores”, exemplificou. Assim, concluiu que o embrião humano são células ligadas umas as outras com informações precisas desde a primeira divisão.
De acordo com Rogério Pazetti, da mesma forma que as células-tronco embrionárias, as células-tronco adultas possuem um grande potencial terapêutico, além disso podem ser isoladas de tecido do próprio paciente eliminando problema da rejeição e da destruição de embriões. Ele contou que no mundo ainda não há aplicação de terapia com células-tronco embrionárias por problemas de fraude e pela grande possibilidade de geração de tumores. “A ciência séria é utilizada de forma ética em modelos experimentais mais simples, que nos ajudam a desvendar os mistérios da complexa e fascinante biologia humana”, afirmou.
Durante a palestra, Pazetti revelou que o Brasil é campeão do mundo com relação à diversidade de aplicações clínicas alternativas utilizando células-tronco adultas. “O Brasil é realmente um dos principais países do mundo que curam seus pacientes com essa terapia”, informou o doutor.
“A proposta mais ousada para resolvermos o problema da rejeição das células-tronco embrionárias, seria a criação de um embrião a partir de uma célula do paciente como se tivéssemos clonado”, sugeriu. Rogério Pazetti ensinou que tanto a clonagem terapêutica quanto a clonagem humana tem exatamente a mesma técnica, contudo o destino dado pelo embrião é que é diverso. “Ou o embrião vai ser colocado no útero (clonagem reprodutiva) ou vai ser destruído, morto (clonagem terapêutica)”, esclareceu.
“Nós queremos no Brasil, uma ciência que não precise viver da desgraça alheia. Queremos o médico salvando e não matando”, finalizou o Rogério Pazetti.
EC/LF
Dr. Rogério Pazetti, graduado em Biologia pela Universidade Mackenzie e doutorado em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP. (Cópia em alta resolução)