Ministros cumprimentam jornalista-decano do Comitê de Imprensa do STF

30/10/2008 18:27 - Atualizado há 9 meses atrás

O comitê de imprensa do Supremo Tribunal Federal (STF), que abriga jornalistas dos principais veículos da mídia brasileira, ficou pequeno depois de receber a presença de ministros da Corte que aproveitaram o intervalo da sessão plenária para cumprimentar pessoalmente o jornalista Luiz Orlando Carneiro, do Jornal do Brasil, que comemora 70 anos de idade nesta quinta-feira (30) e, neste ano completa 50 anos de profissão.

Os ministros se juntaram aos jornalistas que acompanham diariamente os trabalhos da Corte para dar seu abraço no decano dos setoristas. Luiz Orlando foi cumprimentado pelo presidente da Corte, ministro Gilmar Mendes, pela ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha e pelos ministros Carlos Alberto Menezes Direito, Marco Aurélio, Carlos Ayres Britto, Ricardo Lewandowski e Eros Grau, além do subprocurador-geral da República Francisco Xavier.

Também participaram da homenagem o secretário de Comunicação Social do STF, Renato Parente e os colegas de comitê de imprensa Mariangela Gallucci, de O Estado de São Paulo, Carolina Brígido, do jornal O Globo, Maria Filomena, da TV Globo, Felipe Seligman, da Folha de São Paulo, Juliano Basile, do Valor Econômico, Diego Abreu, do site de notícias G1, Mirela D’Elia, do Correio Braziliense, André Richter, da EBC, Leonardo Santos, do SBT, Juliana Boechat, do blog do Noblat, e Rodrigo Haidar, do site Consultor Jurídico – jornalistas que acompanham o dia-a-dia do Supremo e tratam Luiz Orlando como mestre, e que também compartilharam com o decano mais esta data marcante em sua vida.

Diante da presença de tantos ministros, os jornalistas brincaram, afirmando que havia até quorum para se iniciar uma sessão plenária. Luiz Orlando, por sua vez, se disse alegre porque na sua profissão não existe a obrigatoriedade da aposentadoria compulsória, fazendo menção ao fato de que, quando completam 70 anos, os ministros do STF são forçados a deixar a toga.

História

Luiz Orlando formou-se em Direito no Rio de Janeiro em 1963, quando já realizava estágio no Jornal do Brasil desde 1958. Começou como setorista no Galeão e, no ano seguinte, em 1960, passou a cobrir o Itamaraty.

Em 1964 assumiu a subchefia de reportagem do jornal às vésperas do golpe militar, que ele chama de "movimento militar". Como o chefe de reportagem à época ausentou-se da função por ter aderido à greve, Luiz Orlando ocupou o cargo e acabou tendo seu verdadeiro batismo de fogo como chefe. Sob seu comando, o JB, embora invadido pela tropa do almirante Cândido Aragão, fez a melhor cobertura do golpe e ganhou o Prêmio Esso de Jornalismo daquele ano.

Em 1969, sob a direção de Alberto Dines, virou editor de notícias (cargo equivalente hoje a editor executivo), cargo que exerceu até 1974. Nesse ano, sob o comando de Walter Fontoura assumiu a chefia de redação, onde permaneceu até 1979. Nessa época, a convite do diretor e proprietário do JB, Manuel Francisco do Nascimento Brito assumiu o desafio de chefiar e ampliar a sucursal do jornal em Brasília, no cargo de diretor regional. Ficou no cargo até 1992. Convidado para ser correspondente em Washington ou Paris, preferiu continuar na sucursal como repórter especial cobrindo os tribunais superiores, função que responde até hoje. Somente no STF já trabalha há mais de 15 anos.

Luiz Orlando é também um apurado crítico de jazz, tema sobre o qual tem vários livros publicados.

MB/EH
 

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