Ministro Maurício Corrêa recebe representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Maurício Corrêa, recebeu no início da noite de hoje (30/3), o presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), Francisco Carlos Garisto. Acompanhado por representantes da entidade, Garisto veio informar ao ministro Corrêa os problemas decorrentes da greve da Polícia Federal, em todo o país.
Um dos temas da audiência foi a decisão do juiz federal substituto da 7ª Vara Cível da Justiça Federal do DF, César Antonio Ramos. O juiz indeferiu o pedido, feito pela Federação e pelo Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal para que não haja corte de ponto dos servidores. Entretanto, César Antônio Ramos julgou a greve legal.
“Amanhã vamos protocolar um Embargo Declaratório, na 7ª Vara do DF, com objetivo de esclarecer ao juiz que a operação padrão é correta. Não estamos fazendo um movimento sindical, estamos cumprindo a lei”, disse Garisto, ressaltando que representantes da Federação também visitarão o Superior Tribunal de Justiça e as seções judiciárias federais nos estados.
“Em sua decisão, o juiz pede para que a operação termine, mas isso acarretará a abertura dos aeroportos para os criminosos, para o tráfico”, afirmou Garisto. Segundo ele, a operação padrão da Polícia Federal completa hoje 22 dias com um resultado de 22 prisões de procurados e impedidos, uma média de um preso em cada dia de operação. Garisto explica que antes o trabalho da PF nos aeroportos era feito por amostragem.
O presidente da Federação conta que nos vôos internacionais, a média de permanência das pessoas nas filas é de três horas, sendo duas horas no check in e uma hora na identificação. De acordo com ele, a identificação dos passageiros que embarcam em vôos internacionais demora cerca de um minuto, cada uma. No aeroporto de Cumbica (SP), o maior do país, aproximadamente 1.600 passageiros embarcam no período da noite.
“Pedimos que seja determinado, no mínimo, 20 agentes para Cumbica”, disse Garisto. Segundo ele, a Polícia Federal possui, atualmente, 8 mil agentes que atuam em todo o país. Entretanto, o grupo reivindica maior número de profissionais e melhor estrutura de trabalho. “Para que a situação fosse, de fato, normalizada no aeroporto de Cumbica, deveriam ser requisitados 60 agentes, divididos entre os setores de embarque e desembarque”, conclui.
Presidente do STF recebe representantes dos policiais federais (cópia em alta resolução)
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