A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, interrompeu, há pouco, por 20 minutos, a sessão de julgamento do inquérito do mensalão (INQ 2245), após o Plenário concluir a votação das preliminares suscitadas pela defesa de alguns dos 40 acusados no processo.

Os ministros, em decisão unânime, rejeitaram as preliminares. Quanto à preliminar que argüia a ilicitude de prova (sigilo bancário) obtida pelo procurador-geral da República diretamente com o Banco Central, sem autorização judicial, votaram considerando-a ilícita os ministros Eros Grau, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Marco Aurélio, Celso de Mello e Ellen Gracie. Entretanto, a questão foi considerada prejudicada pelos ministros, pois tais documentos também foram obtidos com autorização judicial do presidente do STF (a época, Nelson Jobim) e do próprio relator, Joaquim Barbosa, além de autorização da CPMI dos Correios, que possui atribuições investigativas.

Quando da retomada da sessão, o relator do inquérito, ministro Joaquim Barbosa, deverá iniciar a leitura de seu voto. Mas a sessão de hoje deverá ser encerrada às 18 horas, porque há uma reunião do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcada para as 19 horas, e três ministros do STF integram o TSE, entre eles o presidente do tribunal eleitoral, ministro Marco Aurélio Mello.  A leitura do voto de Joaquim Barbosa deverá ser concluída possivelmente amanhã, já que o documento tem mais de 300 páginas.

FK/LF