Marco Aurélio: “Referir-se ao Judiciário como um manicômio não é aceitável”
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, comentou hoje (19/11) as declarações feitas pelo advogado-geral da União, Gilmar Mendes, comparando o Judiciário a um “manicômio”.
Marco Aurélio ressaltou que a assertiva não partiu do governo como um todo, mas de uma voz isolada. Ao ser questionado por jornalistas se as declarações o haviam ofendido, o presidente do STF afirmou que seu contato com o advogado-geral da União é profissional. E a respeito da carta enviada por Mendes, na qual explica as declarações veiculadas pela mídia, o presidente do Supremo comentou: “Eu prefiro dizer que a carta sinaliza uma consciência pesada”. Em seguida, o presidente afirmou que “referir-se ao Judiciário como um manicômio não é aceitável”.
Marco Aurélio também afirmou que é possível a existência de decisões conflitantes. “Agora, cabe àqueles que atuam na representação de interesses a interposição de recurso, objetivando o reexame dessas decisões. O Judiciário, eu repito, sempre estará aberto às reclamações dos cidadãos em geral. O livre acesso ao Judiciário para evitar lesão a direito ou para repara lesão a direito, é uma garantia Constitucional”, concluiu.
Presidente do Supremo considera inaceitável comparação do Judiciário com manicômio (cópia em alta resolução)