Livro infantil sobre história de magistrado negro que atua no STF será lançado nesta quinta-feira (5)

A trajetória do juiz auxiliar no Supremo Fábio Esteves é contada em versão para crianças e aborda temas como o racismo e a importância da educação.

05/09/2024 11:50 - Atualizado há 4 meses atrás
Imagem divulgação Editora Turminha do Bem

A Biblioteca Victor Nunes Leal, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebe nesta quinta-feira (5/9), às 18h, o lançamento do livro infantil “Fabinho – da Roça aos Tribunais”. Escrito por Claudine Bernardes e publicado pela editora Turminha do Bem, o livro narra a trajetória do juiz criminal do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) Fábio Esteves, atualmente auxiliar no gabinete do ministro Edson Fachin.

A obra aborda o racismo e a importância da educação na realização de sonhos, além de buscar transmitir uma mensagem de superação, igualdade e justiça.

Origens

Negro e oriundo de família pobre, Esteves nasceu no interior de Mato Grosso do Sul e foi educado em escolas públicas, desde o ensino fundamental até a universidade. A escola rural que frequentou foi construída a pedido de seu pai, um agricultor analfabeto que valorizava a educação. O local ficava distante de sua casa, o que o obrigou a morar por um período na instituição para não faltar às aulas.

Há 13 anos, o magistrado desenvolve uma ação social no Distrito Federal, que leva formação em cidadania a jovens carentes de escolas públicas. A proposta do projeto é proporcionar a essas pessoas uma visão do papel delas no mundo, além de ensiná-las como o Direito as constitui cidadãs. Mais de 10 mil pessoas já foram beneficiadas pela iniciativa, que se expandiu para outros quatro estados.

Reconhecimento

Esteves foi ganhador do prêmio “Desafio Lideranças Públicas Negras” por ser um dos idealizadores do Encontro e o Fórum Nacional de Juízes e Juízas Negros. Desde 2017, a iniciativa reúne integrantes da magistratura com o objetivo de discutir os impactos do racismo no Poder Judiciário e disseminar políticas para aumentar o número de magistrados negros, atualmente 12% do total, em um país no qual 56% da população é negra.

(Lígia Maria/MO//AR)

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