Em cerimônia realizada na manhã desta segunda-feira (16), o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Gilmar Mendes, abriu o 2º Encontro Nacional do Judiciário, que ocorre em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Com a presença de representantes de todos os tribunais do Brasil, o ministro Gilmar Mendes afirmou que este é um dos eventos mais importantes que o Judiciário realiza em décadas, considerando a “potencialidade das deliberações”.

Essas deliberações são as estratégias discutidas pelos tribunais superiores (STJ, TSE, TST e STM), cinco tribunais regionais federais, 27 tribunais de Justiça dos estados e do Distrito Federal, 24 tribunais regionais do trabalho, 27 tribunais regionais eleitorais, e três tribunais militares, além de diretores de tribunais e dirigentes de associações que participam do evento com o objetivo de definir novas diretrizes para a atuação do Poder Judiciário nos próximos anos.

O ministro disse que os compromissos firmados nesse encontro vão viabilizar a mudança decisiva e a transformação “de um veio d’água num caudaloso rio”. A expressão foi usada para definir que, ao assumir o papel de protagonista da História e de agente proativo, o Judiciário vai “deixar para trás a velha e cômoda postura da inércia".

“Acredito firmemente que o amplo atendimento dos tribunais ao chamado, o sincero entusiasmo na apresentação de projetos e soluções, a desaguar em uma estratégia para o Judiciário, lapidada por todos os que estão aqui presentes, são evidências inequívocas do desejo de, juntos, sermos melhores”, afirmou Gilmar Mendes.

No primeiro encontro, realizado em agosto do ano passado, o ministro ressaltou que a palavra-chave foi “unicidade” e que, neste segundo encontro, o foco é o comprometimento com as linhas estratégicas escolhidas para atacar os problemas diagnosticados nos encontros regionais.

Durante um ano foram realizados 12 encontros regionais, com a participação de 86 tribunais e 44 associações, que resultaram em 937 exemplos de boas práticas observadas nos tribunais de todo o país.

Gilmar Mendes disse que o compromisso do planejamento estratégico do Poder Judiciário é mudar a imagem da Justiça brasileira ligada ao “ícone da burocracia letárgica” para a modernização definitiva, “em que palavras como efetividade e transparência deixarão de ser metas para se tornarem fatos”.

Por fim, ele ressaltou que é responsabilidade de cada representante de tribunal ali presente um “bem-sucedido futuro para o Judiciário”. Disse ainda que este futuro pode estar mais próximo do que se imagina.

CM/RR

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