Exposição Cartoons contra a Violência promove reflexão do público sobre tema
Ministros do Supremo Tribunal Federal prestigiaram o lançamento da exposição das 14 obras.
O lançamento da exposição "Cartoons contra a Violência", promovida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na noite desta quarta-feira (29) no Museu Sepúlveda Pertence do Supremo Tribunal Federal (STF), contou com a presença de ministros da Corte. Além do presidente do Tribunal, ministro Luís Roberto Barroso, estiveram presentes na cerimônia de abertura o vice-presidente, ministro Edson Fachin, os ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin e a ministra Cármen Lúcia.
Epidemia
O presidente do STF afirmou que a violência contra a mulher é uma verdadeira epidemia que assola o país. “O Supremo está empenhado em enfrentar esse mal. A vida deve ser vivida com valores e determinação, baseada em respeito e consideração”, argumentou.
Múltiplas faces
Parte de um amplo movimento de conscientização sobre as múltiplas faces da violência contra a mulher, a mostra reúne 14 obras produzidas por nove mulheres cartunistas. A exposição ficará aberta à visitação até 19 de dezembro.
As artes apresentadas ao público compõem a campanha "Cartoons contra a Violência", iniciada em outubro deste ano e que se uniu, em novembro, com a ação mundial dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher.
Nas obras selecionadas estão retratados abusos físicos, sexuais, patrimoniais, psicológicos e morais e os pensamentos do machismo e sexismo estruturais, ainda tão presentes na sociedade, tendo as mulheres como protagonistas de suas próprias narrativas. Essa violência, socialmente naturalizada, é expressa nas artes dos cartoons que convidam o espectador à reflexão.
Estatísticas da violência
Ao apresentar números sobre o tema, o presidente do STF pontuou que, somente neste ano, o Disque 190 já recebeu 900 mil chamadas, com registro de 600 mil ameaças e mais de 200 mil agressões contra mulheres maiores de 16 anos. No Judiciário brasileiro tramitam mais de 650 mil processos sobre violência doméstica.
JM/RM