Em palestra no Conselho das Américas, Jobim destaca evolução institucional do País
“O Brasil passa por uma clara evolução institucional em todas as instâncias do Estado, inclusive dentro do Judiciário. Essa evolução é uma sinalização evidente para toda a comunidade internacional de que o País tem, cada vez mais, clima propício para quem pretende se instalar e investir no Brasil. Maior prova disso é nossa história recentíssima, uma vez que o resultado das eleições de 2002 gerou certa dúvida externa quanto ao amadurecimento do País. A realidade, no entanto, passando longe de aventuras e irresponsabilidades, coloca o Brasil como um País de instituições sólidas.”
Esse foi o tema central do discurso do presidente do Supremo, ministro Nelson Jobim, apresentado hoje em Washington (EUA), em uma palestra a empresários e advogados, reunidos no Conselho das Américas.
Para Jobim, a fase de insegurança contratual e de grande número de processos judiciais decorreu do quadro de inflação persistente e de sucessivos planos econômicos – e não de fatores internos do Judiciário. Segundo ele, vencida a inflação, o sistema judicial soube resolver as demandas decorrentes de todos os planos.
Depois de defender a importância de varas e tribunais especializados, o ministro Jobim ressaltou o modelo de eficiência da Justiça Eleitoral brasileira. Destacou que, ao fazer eleições gerais totalmente informatizadas, a Justiça Eleitoral é um paradigma de eficiência inclusive para países desenvolvidos – lembrando o ocorrido na Flórida, na primeira eleição do atual presidente norte-americano.
Questionado sobre possibilidade de corrupção na Justiça, Nelson Jobim afirmou que o sistema judiciário não é corrupto. E informou que a necessidade de fiscalização e de maior controle em casos específicos será solucionada com a implantação do Conselho Nacional de Justiça, conhecido popularmente como órgão de controle do Judiciário.