A presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e o ex-vice-presidente da instituição José Roberto Salgado estão sendo defendidos, neste momento, pelo advogado José Carlos Dias. Eles são acusados de integrar o núcleo financeiro do esquema do mensalão, em que executivos do Banco Rural teriam viabilizado as operações de Marcos Valério por meio de empréstimos fraudulentos. A denúncia atribui a eles os crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.

O advogado diz que todos os empréstimos chamados de fraudulentos foram devidamente registrados no Banco Central e que é prática comum no ramo publicitário o saque de valores em dinheiro com o objetivo de pagar fornecedores. Da mesma forma, a transferência interbancária de valores seria um mecanismo regularmente utilizado no meio bancário para operacionalização dos saques. Assim, o Banco Rural não teria qualquer relação com a lavagem de dinheiro, que ocorria em momento posterior. Quanto ao crime de evasão de divisas, ele sustenta ausência de individualização das condutas e de indícios mínimos de autoria.

A presidente do Banco Rural diz que optou pela renovação dos empréstimos feitos a Marcos Valério para evitar a necessidade de uma execução judicial da dívida de um cliente antigo do banco.

IN,RR/LF

Advogado José Carlos Dias, em defesa do presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e o ex-vice-presidente da instituição José Roberto Salgado. (cópia em alta resolução)