Defesa de Pizzolato diz que denúncia contra ele carece de tipicidade

O advogado Mário de Oliveira Filho afirmou, há pouco, em defesa do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, que os crimes de peculato e corrupção passiva imputados a seu cliente na denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, carecem de tipicidade.
Ao abordar acusação de suposto desvio, por meio da Companhia Brasileira de Meios de Pagamento – Visanet, de recursos do Fundo de Investimento Visanet, constituído com recursos do BB, em benefício da DNA Propaganda, do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, o advogado sustentou que Pizzolato não tinha esse dinheiro em seu poder ou sob custódia, cabendo-lhe apenas dar seu “ciente” dos pagamentos. E esse “ciente”, observou, era dado juntamente com outros três diretores do BB.
Diante disso, o advogado estranhou o fato de apenas seu cliente ter sido incluído na denúncia do mensalão, questionando: “Qual foi o critério para o procurador-geral da República excluir os demais signatários?”
Oliveira Filho disse que o dinheiro injetado pela Visanet em suas campanhas publicitárias eram de um conjunto de bancos que trabalham com a Visanet e eram aprovados pelo comitê gestor da Visanet, sem nenhuma interferência de Pizzolato. "Ele, por si só, não poderia pagar sequer um cafezinho para Marcos Valério", afirmou.
FK/LF
Advogado Mário de Oliveira Filho em defesa do ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato. (cópia em alta resolução)