Conselho apresenta pesquisa da AMB sobre a realidade do Poder Judiciário

19/12/2005 20:40 - Atualizado há 12 meses atrás

Setenta por cento dos juízes repudiam a prática do nepotismo. Esse foi um dos dados revelados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante apresentação das conclusões de pesquisa realizada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) sobre a realidade do Poder Judiciário. A convite da entidade, os números foram expostos pelo conselheiro Joaquim Falcão. Segundo ele, o estudo apontou o que pensam e quem são os juízes brasileiros.

O estudo, encomendado à professora da Universidade de São Paulo (USP) Maria Tereza Sadek, revelou que um magistrado, ao decidir, se baseia em primeiro lugar nos parâmetros legais, em seguida nas conseqüências sociais e por fim nos fatores econômicos de seu ato. Além da prestação jurisdicional foram investigados temas como as propostas de reformas, o governo Lula e a agilidade do Judiciário.

Quanto à atuação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), foram levantadas questões sobre o conhecimento técnico dos advogados, ética e aprimoramento profissional. Em relação ao perfil dos juízes, o estudo mostrou que a maioria dos magistrados é composta por homens, de cor branca, com idade média de 44,4 anos, casados e com filhos. De acordo com a apuração, quanto mais antigo no cargo, mais satisfeito com o Judiciário o magistrado está, e, quanto mais moço, mais crítico é o juiz, ou seja, os magistrados mais antigos são mais conformados.

Sobre as juízas, o levantamento revelou que a maioria delas trabalha nos Juizados Especiais Federais, isto é, têm contato maior com a população do que os magistrados. Outros dados do estudo demonstram que as juízas são, geralmente, jovens, críticas e pragmáticas. Aponta, ainda, que as mulheres têm grande representatividade entre os magistrados mais novos e os homens entre os juízes mais antigos.

Com a pesquisa, a associação revelou ser unanimidade entre os juízes a insatisfação com a lentidão da Justiça, a necessidade de uma reforma processual e a redução do número de recursos, além de críticas ao atual critério para a composição do Supremo. O estudo completo está disponível no site da AMB (ver banner no menu lateral direito da página de entrada).

EC/EH

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