A Associação Nacional de Sindicatos Social Democrata, também denominada Social Democracia Social (SDS), ingressou (17/10), no Supremo Tribunal Federal, Queixa Crime (INQ 1855) contra o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Francisco Fausto, e o jornalista Élio Gáspari.

A entidade sentiu-se ofendida por matéria veiculada nos jornais “Folha de São Paulo” e “O Globo”, no dia 21 de julho desse ano, na qual, em entrevista ao jornalista, o presidente do TST teria afirmado que “as centrais sindicais são tão fortes e tão rebeldes que, para ter algum controle sobre elas, alguns presidentes da República fundaram entidades como a Força Sindical e a Social Democracia Sindical”.

Mais adiante, o jornalista haveria comentado que “o ministro reforçou duas velhas suspeitas: a Força Sindical, presidida até bem pouco tempo por Paulo Pereira da Silva, companheiro de chapa de Ciro Gomes, foi fundada por Fernando Collor. A Social Democracia Sindical, presidida por Enilson Simões, foi fundada por FFHH. Fica faltando só uma coisa: definir o que significa fundada”.

A SDS diz que as afirmações tiveram a intenção deliberada de denegrir sua imagem, “deixando uma desconfiança de que seja ‘pelega’, ou até mesmo corrupta e a serviço dos afortunados. Na ação, a central cita a definição de pelego como” alcunha dos que disfarçadamente trabalham contra os interesses dos sindicalizados“.

A central sindical diz ainda que, atualmente, representa cerca de 11 milhões de trabalhadores em todo o país e que ao afirmar que a SDS é uma organização do atual governo, mascarada de organização dos trabalhadores, “é inaceitável  e acarreta desconfiança em grande parte dos sindicalistas e trabalhadores, gerando, portanto, prejuízos morais e materiais irreparáveis”.

Por fim, a central sindical pede a condenação do presidente do TST e do jornalista por injúria e difamação e a intimação de testemunhas, entre elas o presidente Fernando Henrique Cardoso. O relator é o ministro Moreira Alves.

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