Cento e vinte famílias de artesãos estão expondo, até dia 31 deste mês, no subsolo do edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF), peças feitas com material reciclado, doado, em parte, pelo STF. Cerca de 30 peças estão em exposição. O Supremo formalizou a doação do material para reciclagem após assinatura, há cerca de um mês, do termo de cooperação técnica entre o Ministério do Meio Ambiente, responsável por treinar as pessoas para a coleta coletiva, e a Secretaria-executiva do Programa Comunidade Solidária, visando trabalhar junto às comunidades carentes que fazem a coleta.

Por indicação do Programa Comunidade Solidária, o STF firmou convênio com a ONG (Organização Não Governamental) Cooperativa 100 Dimensão, para doar o lixo. O material arrecadado ajudou na execução dos trabalhos da exposição feita pela cooperativa de 120 famílias, englobando aproximadamente 400 pessoas.

Segundo o Comitê da Qualidade do STF que gerencia a Agenda Ambiental, o acordo visa não somente a doação de material a ser reciclado como, também, o estímulo à reflexão sobre os problemas ambientais no âmbito do STF. Atualmente, já existe no tribunal uma pré-seleção de papéis e garrafas para a reciclagem, mas, segundo o Comitê, os funcionários devem ser mais conscientizados.

O Supremo pretende adquirir coletores, que estarão localizados nas entradas do tribunal, para fazer o condicionamento adequado do lixo e ajudar na educação dos funcionários quanto a separação dos materiais.

Ainda de acordo com o Comitê, serão promovidos estudos de desempenho dos gastos do Supremo com energia, papel e água a fim de diminuir o impacto ambiental gerado pelo tribunal com posterior implementação de um plano de ação no combate ao desperdício.

Estudos apontam que o STF Empauta, o clipping eletrônico do Supremo substituto de uma versão impressa, possibilitou a economia de 1 milhão e meio de cópias por ano, o equivalente a 3 mil resmas de papel.

Trabalhos em exposição no edifício-sede do STF (cópia em alta resolução)

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