Foi ajuizado hoje (18/3) no Supremo Tribunal Federal pedido de Habeas Corpus (HC 82919) em favor dos quatro acusados de envolvimento no assassinato da vice-prefeita de Magé/RJ, Lidia de Almeida Menezes, ocorrido em junho do ano passado.

Os acusados são o presidente da Câmara Municipal de Magé, Genivaldo Ferreira Nogueira, o policial militar Alexandre Marques de Oliveira, a auxiliar de enfermagem Carli Rodrigues de Souza, e o comerciário Jocimar Norbiato. Eles pedem que permaneçam em liberdade até o julgamento final pelo tribunal do júri, bem como o desaforamento do processo da comarca de Guapimirim, para que sejam julgados na capital do estado.

De acordo com a defesa, a prisão preventiva foi decretada sem a devida fundamentação. Além disso, segundo afirmam, existiria contra os pacientes uma “bem orquestrada e elaborada perseguição política promovida por policiais corruptos”.

É que o presidente da Câmara, Genivaldo Nogueira, teria encabeçado o movimento que terminou na remoção de quase todos os policiais da Delegacia de Magé, acusados de exigir dinheiro de comerciantes da cidade em troca de proteção.

Os advogados de defesa alegam que a Prefeitura de Magé também teria interesse na prisão do presidente do Legislativo, pois desejava comandar a Câmara Municipal. Graças ao afastamento de Genivaldo Nogueira, acusam, a prefeitura teria conseguido aprovar uma verba orçamentária adicional de R$ 14 milhões.

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