Acusado de receber obras de arte roubadas pede liberdade ao Supremo
M.P.M, preso em flagrante pela receptação de obras de arte, impetrou Habeas Corpus (HC 95148), com pedido de liminar, no Supremo Tribunal Federal (STF), alegando a demora na oitiva das testemunhas de acusação e na conclusão da instrução criminal para a colheita de provas.
Ele é acusado de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubos de livros, revistas e gravuras históricas de diversas instituições culturais do país. Foi preso no Hotel Imperial, no Rio de Janeiro, após supostamente receptar obras raras do acervo da Fundação Casa Rui Barbosa.
A quadrilha também teria sido responsável pelo furto a Biblioteca Nacional, o Museu Nacional, o Arquivo da Cidade, a Fiocruz e a Casa de Rui Barbosa. As obras eram revendidas em leilões no exterior, cujas negociações chegavam a 200 mil euros.
Além da demora em ouvir as testemunhas de acusação que já dura seis meses, a defesa alega que o HC ajuizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) encontra-se naquela corte há três meses, sem previsão de julgamento.
No pedido de liminar, a defesa solicita o reconhecimento do excesso de prazo para que seja concedido alvará de soltura em favor de Marcos Pereira , a fim de que responda o processo em liberdade.
O relator da ação é o ministro Joaquim Barbosa.
GS/LF