Acusadas de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro ingressam com habeas corpus no STF
O ministro Eros Grau, do Supremo Tribunal Federal (STF), é o relator do Habeas Corpus (HC 94513) impetrado em favor de duas colombianas acusadas de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro, presas no Complexo Penitenciário Feminino do estado do Rio de Janeiro. A defesa pretende que elas respondam ao processo em liberdade e que a acusação de tráfico de drogas seja retirada da denúncia. O habeas tem pedido de liminar.
As colombianas são mulher e irmã de Alexander Pareja Garcia, acusado de comandar uma quadrilha internacional de tráfico de drogas que operava a partir do território uruguaio. Elas teriam assumido o “negócio” no lugar dele. A prisão preventiva delas foi decretada pela 4ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
A defesa diz que é a primeira vez que as duas são processadas, que elas têm excelentes antecedentes, além de residência fixa e trabalho lícito. Alega, ainda, que a prisão não está fundamentada em “fatos concretos”, mas em “meras conjecturas”.
Segundo a denúncia, a suposta quadrilha enviava a droga do Cartel do Vale do Norte, na Colômbia, para o Uruguai. De lá, ia para a Espanha, de onde era distribuída pela Europa e pelos Estados Unidos. O dinheiro arrecadado com a venda das drogas seria, ainda de acordo com a acusação, trazido ao Brasil por meio de investimentos que a suposta quadrilha fazia em postos de gasolinas e outros tipos de empresas.
Como a própria denúncia relata que a droga não chegava ao Brasil, a defesa das acusadas alega que elas não devem responder pelo crime de tráfico de drogas.
RR/LF
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