Na tentativa de que Delúbio Soares seja ouvido na CPI Mista da Compra de Votos na condição de investigado, a defesa do ex-tesoureiro do Partido dos Trabalhadores impetrou um Habeas Corpus preventivo (HC 87021) no Supremo Tribunal Federal. Na ação, os advogados pedem que Delúbio Soares tenha assegurado o direito de não se auto-incriminar e de ter assistência jurídica durante a sessão da CPMI do Mensalão marcada para esta quinta-feira, 27/10. 

Delúbio Soares será colocado frente a frente com outras pessoas supostamente envolvidas no escândalo do mensalão. Devem participar da acareação o empresário Marcos Valério de Souza; o ex-deputado Valdemar Costa Neto (PL/SP); o ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas; o ex-tesoureiro do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Emerson Palmieri; o ex-presidente da Casa da Moeda, Manoel Severino dos Santos; a funcionária da empresa SMP&B, Simone Vasconcellos e o ex-assessor do partido Progressista (PP), João Cláudio Genu. 

Alega a defesa que Delúbio Soares já prestou depoimento à CPMI dos Correios na condição de investigado. Neste sentido, os advogados pedem ao  Supremo  que seja concedida liminar para que ele se abstenha de assinar o Termo de Compromisso com verdade exigido das testemunhas. A defesa requer ainda a concessão de salvo-conduto para que o ex-tesoureiro não seja preso por falso testemunho. O pedido será analisado pelo ministro Marco Aurélio.

AR/CG