PSL ajuíza quatro ADIs no STF para que salários de servidores estaduais sejam revistos
O Partido Social Liberal (PSL) entrou hoje (15/08) no Supremo Tribunal Federal com quatro Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 2490/2491/2492/2493), por omissão, contra os governadores de Pernambuco, Jarbas Vasconcellos; de São Paulo, Geraldo Alckmim; de Goiás, Marcone Perillo; e do Paraná, Jaime Lerner.
O PSL quer que os governadores citados enviem para as respectivas Assembléias Legislativas projetos de lei fixando revisão geral e anual dos salários dos servidores públicos civis e militares, de acordo com artigo 37, Inciso X da Constituição Federal
Segundo as ADIs , os governadores não devem desconhecer da “imperiosa e urgente necessidade de promoverem as reposições remuneratórias aos seus servidores civis e militares, resultantes das perdas decorrente da inflação, tendo em vista, sobretudo, após três anos sem qualquer reajuste geral de vencimentos”.
Estão tramitando no STF mais duas ADIs com o mesmo objetivo contra os governos do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul. Em Abril deste ano, o plenário do STF determinou ao presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o envio de um projeto de lei ao Congresso Nacional para rever os salários dos servidores públicos federais. A decisão decorreu do julgamento da ADI 2061 movida pelo PT e o PDT. A ação foi julgada procedente em parte, reconhecendo a omissão, por parte do Poder Executivo, mas rejeitando o pedido dos partidos para que fosse fixado um prazo para o envio do projeto de lei ao Congresso Nacional.
Durante o intervalo da sessão plenária desta quarta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, afirmou que o preceito constitucional sobre a revisão dos salários dos servidores interpretado pelo Supremo é linear e aplica-se também aos servidores dos estados e dos municípios, e que o direito à revisão é um direito abrangente.