“Meu avô teve uma das carreiras mais longas da magistratura. Foram 48 anos ininterruptos”. A afirmação é do desembargador do Tribunal Federal da 4ª Região Carlos Thompson Flores Lenz, neto do ministro Thompson Flores (1911-2001), durante a cerimônia de doação do acervo da família ao Museu do STF. Trata-se da terceira doação, realizada três meses depois da morte da viúva do ministro, Ana Lacroix Flores. Fotos, documentos funcionais e artigos de jornais estão entre as relíquias.

Carlos Thompson Flores nasceu em Montenegro (RS), em 1911. Ingressou na magistratura em 1933 e, em 1968, foi nomeado ministro do STF pelo presidente Costa e Silva. Presidiu o Tribunal entre 1977 e 1979 e, em sua gestão, o museu que hoje abriga seu acervo foi inaugurado. Morreu em abril de 2001, em Porto Alegre e, desde então, recebeu diversas homenagens póstumas. Entre elas, a Medalha de Magistrado Exemplar, outorgada pelo Instituto dos Advogados do Rio Grande do Sul, e sessão solene no Plenário do STF, no ano passado.

SI/EC

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