Público relata tristeza e incredulidade em exposição sobre vandalismo de 8/1 no STF

Visitantes enfatizaram importância da memória para valorização da democracia.

09/01/2024 18:40 - Atualizado há 8 meses atrás

Aberta ao público para visitação nesta terça-feira (9), a exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia” recebeu mais de 300 de pessoas. Entre 13h e 17h, esses visitantes que passaram pelo térreo do Edifício-Sede do Supremo Tribunal Federal (STF) viram imagens e objetos que retratam o esforço para reconstruir o Plenário destruído e retomar as atividades normais da Corte para a sessão solene de abertura do Ano Judiciário 2023, menos de um mês após os ataques golpistas.

Resgate

Para o professor João Pereira, 56, o 8 de janeiro foi uma barbárie. “Ver as pessoas depredarem tudo isso aqui em nome da pátria me causou uma tristeza e um espanto muito grandes”, afirmou. “Hoje a gente vê como o resgate de uma memória, um fato para não ser esquecido mais. A exposição é importante por isso”.

Tristeza

A bancária Valdirene da Silva, 52, soube da exposição pela imprensa. “Apesar de saber de todo o ocorrido pela televisão, ver de perto torna o fato mais doloroso. É muito difícil saber que as pessoas chegaram ao ponto de quebrar tanta coisa. O sentimento é de tristeza”, resumiu.

Violência

A aposentada Regina Célia, 78, foi levada para a exposição pelo filho. “Tive ideia do estrago vendo agora, ao vivo, porque pela televisão passou muito rápido. É algo que revoltou, foi uma violência muito grande. Não havia necessidade de invadir e destruir um patrimônio que é do povo. Foi um vandalismo, ato de marginais mesmo”, pontuou.

Pontos de Memória

Além de trazer todo o esforço das equipes envolvidas na reconstrução e na restauração do patrimônio do Supremo, a exposição contou ainda com o projeto “Pontos de Memória”, que exibe peças danificadas, fragmentos decorrentes da violência e demais vestígios físicos do ataque, instaladas em locais de maior circulação de pessoas.

Veja as fotos da exposição “Após 8 de janeiro: Reconstrução, memória e democracia”.

JM/RM

 

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