Acordo entre CNJ e CNA promove segurança alimentar no sistema prisional, diz presidente do STF

Segundo o ministro Luís Roberto Barroso, a iniciativa atende ao julgamento da ADPF 347 no qual o STF reconheceu a violação massiva de direitos fundamentais da população carcerária.

21/12/2023 12:20 - Atualizado há 8 meses atrás

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, assinou um protocolo de intenções com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para a adoção de medidas de educação e promoção da segurança alimentar e nutricional no sistema penitenciário.

Segundo ele, o acordo vai trazer dignidade aos presos, com comida de qualidade, de forma a garantir o direito à alimentação equilibrada e saudável como condição de saúde pública da população carcerária. A parceria prevê ainda o mapeamento de locais, público-alvo e potenciais possibilidades para a implementação das ações de educação.

A iniciativa atende à recomendação do STF de melhorias no sistema carcerário no âmbito do julgamento da Arguição de Preceito Fundamental (ADPF) 347, quando o Plenário reconheceu a violação massiva de direitos fundamentais dos presos.

Aperfeiçoamento e ressocialização

Em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), ligado à CNA, serão desenvolvidas capacitações, assistência técnica e formação profissional para pessoas privadas de liberdade e egressos.

O ministro Barroso ressaltou a importância do acordo para a ressocialização dos internos após o cumprimento da pena, com a criação de áreas de produção. Na sua avaliaçãoe, investir no sistema penitenciário é investir em segurança pública, de forma a “diminuir a incidência e melhorar a vida dessas pessoas que foram condenadas à privação de liberdade”.

Caberá ao CNJ realizar as inspeções e compartilhar diagnósticos sobre a situação da segurança alimentar nas unidades prisionais em âmbito nacional, regionais e locais. As proposições de programas e ações voltadas à segurança alimentar prisional serão articuladas e formuladas pelo Conselho junto com outras entidades e organizações públicas da sociedade civil.

O diretor-geral do Senar, Daniel Carrara, disse que além de capacitar produtores para o fornecimento de alimentos de melhor qualidade às unidades prisionais, a formação de mão de obra entre os apenados será de suma importância.

AR/RM

*Com informações da Agência CNJ de Notícias 

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