Pesquisadora do Parlamento Britânico faz visita técnica ao Museu do STF
A brasileira Priscila Pivatto trabalha num projeto de história oral dos parlamentares britânicos.
Representantes do Supremo Tribunal Federal (STF) receberam, nesta segunda-feira (5), a pesquisadora brasileira Priscila Pivatto, da plataforma “History of Parliament”, projeto de memória do Parlamento Britânico. O objetivo da visita foi a troca de experiências relacionadas à forma de arquivamento, exposição e tratamento de informações sobre a memória da Suprema Corte brasileira.
Segundo o secretário de Altos Estudos e Pesquisa do STF, Fabyano Prestes, a visita tem o objetivo de fomentar, entre a academia e as instituições, a importância de acervos históricos e museológicos na gestão da informação. “Se for bem preservada, a história pode contribuir para um futuro melhor das próximas gerações”, afirmou.
História oral
A pesquisadora trabalha com um projeto de história oral do Parlamento inglês. “Fazemos entrevistas muito longas com parlamentares atualmente aposentados, sobre suas vidas, e esse material está sendo arquivado na British Library para que a sociedade possa ter acesso”, explicou.
Ela destacou que a história oral é o projeto mais contemporâneo do instituto History of Parliament e pretende que, a partir da vida das pessoas que integraram o Parlamento inglês, a sociedade entenda o funcionamento da instituição e como as leis são feitas.
Priscila ficou satisfeita de ver que existe um esforço para manter a memória institucional da Justiça Brasileira. “Esse museu é supernovo e tem curadoria e montagem incríveis. Ter contato com todo esse material nos aproxima da nossa história, nos faz valorizar e compreender para que servem as instituições”, afirmou.
Espaço repaginado
Inaugurado em 2021, o Museu do STF tem uma área de quase mil metros quadrados e reúne documentos históricos, fotografias, mobiliário e obras de arte que, antes, estavam distribuídos por diversos pontos do Tribunal (clique aqui para a visita virtual).
A área, localizada no subsolo do edifício-sede, não foi atingida pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Após a invasão, o espaço foi repaginado e ganhou um painel com referência aos ataques.
EC//CF
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