Jobim propõe ampliar discussões para modernizar o Judiciário
O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Nelson Jobim, afirmou hoje, no discurso de posse, que o sistema judiciário brasileiro precisa responder a três exigências da sociedade: acessibilidade a todos, previsibilidade de suas decisões, e decisões em tempo social e economicamente tolerável.
Disse que o Poder Judiciário não comporta espaço para biografias individuais e que, para solucionar os seus problemas, a mesa de discussões tem que se ampliar.“Devem estar na mesa o governo, os políticos, os filósofos, os antropólogos, os economistas, os administradores. Também as organizações sociais e os sindicatos de trabalhadores e patrões”, afirmou Jobim.
O ministro propôs que os poderes Executivo e Legislativo baixem as armas. Propôs, ainda, a elaboração de uma agenda comum, “para dimensionar a nossa capacidade de oferta de decisões e seus gargalos”. Ressaltou que o Conselho nacional de Justiça, que o Senado está para votar no âmbito da Reforma do Judiciário, deve ser visto neste contexto, “um órgão voltado para a consistência e funcionalidade do sistema”.
Jobim: discurso contundente (cópia em alta resolução)
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