Parcerias com universidades aumentam capilaridade do combate à desinformação sobre o STF

Professores de universidades públicas se juntam ao programa da Corte que visa preservar a democracia e defender as instituições.

19/05/2022 19:54 - Atualizado há 4 meses atrás

No terceiro e último painel das rodadas de conversa com parceiros do Programa de Combate à Desinformação no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (19), representantes de universidades estaduais e federais apresentaram projetos de suas instituições para a disseminação de informações verdadeiras. Eles compartilharam ideias, desafios e sugestões na criação de um grupo de trabalho interdisciplinar que auxiliará a Corte a fortalecer a democracia brasileira, a partir da organização de ações no âmbito da pesquisa e da extensão sobre o tema.

Adequação da linguagem

Um dos pontos destacados pelos professores foi a adequação da linguagem na transmissão de informações, de acordo com a realidade de diferentes interlocutores e mídias, tendo em vista os diversos contextos sociais da população brasileira. Foram citados desde a utilização de rádios comunitárias e folhetos – direcionados a quem não têm acesso às redes sociais – até as publicações de vídeos no TikTok, bem como a produção de conteúdos específicos para crianças, adolescentes e jovens.

Interação

Durante as exposições, foram apresentadas pesquisas sobre análise do comportamento aplicada à desinformação e preocupações com a checagem de notícias jornalísticas. Também foram compartilhados desafios de combate à desinformação sobre a vacina em aldeias indígenas e relacionados à xenofobia contra imigrantes venezuelanos. Também surgiram propostas, como a adoção de conversas periódicas e, eventualmente, presenciais para a aplicação prática das ideias, além de sugestão para a interação entre os parceiros e suas diversas áreas do conhecimento.

Parceiras estratégicas

Segundo o secretário de Altos Estudos do STF Alexandre Freire, integrante do Comitê Gestor do programa e que mediou o painel, as parcerias estratégicas com as universidades ajudam a sociedade a entender melhor o papel do Supremo como guardião da Constituição. “O objetivo dessa rodada é conversar com as instituições parceiras sobre a contribuição que a academia pode trazer para o fenômeno da desinformação”, destacou, observando que os participantes podem identificar seus impactos e apresentar possíveis soluções inovadoras.

Alcance

Responsável pela execução das ações do programa, a secretária de Comunicação do STF, Mariana Oliveira, afirmou que as universidades são as parceiras mais importantes desse projeto, porque têm uma capilaridade que o Supremo não tem. “O STF é um tribunal que está em Brasília, e temos um corpo de servidores pequeno”, explicou, ao comparar com a situação do Tribunal Superior Eleitoral, que tem o auxílio dos Tribunais Regionais Eleitorais em todo o país.

Coluna sobre desinformação

Segundo a secretária, a união de startups, com ferramentas tecnológicas, e as universidades, com as pesquisas, ajudará o desenvolvimento do trabalho. Mariana lembrou, ainda, que o Instituto Justiça e Cidadania, que é um dos parceiros, disponibilizou espaço em sua revista mensal para que professores do programa escrevam uma coluna sobre desinformação.

Participantes

Participaram do painel os professores Tadeu Feitosa (Universidade Federal do Ceará – UFC); Floriano de Azevedo Marques Neto (Universidade de São Paulo – USP); Juliana Marques, Martha Simone Amorim Soares e Rosana Gadelha (Universidade Estadual da Paraíba – UEP); Hernando Borges Neves Filho e Mirelle Neme Buzalaf (Universidade Estadual de Londrina – UEL); Daniel Pinheiro (Universidade do Estado de Santa Catarina – Udesc); Edgard Rebouças (Universidade Federal do Espírito Santo – Ufes); Anderson Barbosa Baptista (Universidade Federal do Tocantins – UFT). Sandra Jung de Mattos (Universidade Federal do Mato Grosso – UFMT); José Tarcísio da Silva Oliveira Filho (Universidade Federal de Roraima – UFRR); Sérgio Luiz Gadini (Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG); Nukácia Meyre Silva Araújo (Universidade Estadual do Ceará – Uece); e Rodrigo Messias de Souza (Universidade Estadual de Goiás – UEG)

EC//CF

Leia mais:

19/5/2022 – Especialistas e pesquisadores defendem educação midiática como ferramenta para combater desinformação

18/5/2022 – Parceiros apresentam estratégias e ferramentas à disposição do STF para combater desinformação

 

 

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