Ministros conhecem pré-projeto para redimensionamento do museu do STF

O estudo é do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, considerado o maior arquiteto brasileiro da atualidade.

25/09/2019 17:19 - Atualizado há 8 meses atrás

O arquiteto Paulo Mendes da Rocha apresentou nesta quarta-feira (25) aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) o estudo de arquitetura e expografia para expansão do atual museu da Corte. A iniciativa busca ampliar o acesso da sociedade ao acervo arquitetônico, artístico e histórico do Tribunal e dar visibilidade a outras ações e exposições que contribuam para a promoção da cidadania, da justiça e da compreensão da Constituição Federal. Pelo calendário em curso, a meta do STF é abrir as instalações do novo museu ao público em 2020. Paulo Mendes da Rocha é considerado o maior arquiteto brasileiro da atualidade e um dos cinco mais renomados do mundo, com expertise na área de museus.

As instalações atuais do museu, localizado no segundo andar do Edifício-Sede do STF, têm cerca de 159 m² e contam com sala expositiva e espaço de guarda e conservação do acervo. Para o presidente do STF, ministro Dias Toffoli, a metragem atual é nitidamente incompatível com a importância da história e do acervo do STF. “A carência de espaço físico dificulta a orgulhosa exibição da memória institucional”, disse. Com o redimensionamento para o subsolo e adjacências do Edifício-Sede, onde atualmente funciona o arquivo do STF, a área será superior a 3 mil m².

Na apresentação do pré-projeto, o presidente destacou que a proposta de ampliação do museu decorre das transformações que o processo de comunicação tem sofrido como resultado da revolução tecnológica. Para Toffoli, os museus, inseridos num contexto comunicacional, não estão à margem desse fenômeno. “Diante disso, o Tribunal é convocado não apenas a valorizar a memória histórica institucional, mas também a revelar-se para a sociedade com as narrativas do seu museu”, afirmou.

Mendes da Rocha

O arquiteto Paulo Mendes da Rocha é autor, entre outros, do projeto do Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) e do plano de reforma da Pinacoteca de São Paulo, que, assim como o Supremo, é prédio tombado pelo Patrimônio Histórico. Por conta de sua notória especialização, a contratação de seu escritório enquadra-se nas hipóteses de inexigibilidade de licitação prevista Lei das Licitações (artigo 25 da Lei 8.666/93). O objeto do contrato, no valor de R$ 240 mil, é a prestação de serviços técnicos-profissionais especializados para a elaboração de estudo preliminar de arquitetura e expografia, que trata do conjunto de técnicas para o desenvolvimento de exposições.

As etapas seguintes para a construção do museu serão definidas nos termos da aprovação do estudo preliminar. As estimativas de custos só serão definidas quando o projeto for finalizado e aprovado pelo STF.

SP//CF

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