Julgamento de ações do plano de racionamento continua quinta-feira
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, adiou para amanhã (28/06) o julgamento plenário das ações contra a medida provisória (2152) que cria e instala a Câmara de Gestão da crise de energia elétrica.
A primeira parte da sessão de hoje (27/06) foi preenchida com a leitura dos relatórios das quatro ações em julgamento, pelo ministro Néri da Silveira. Na segunda parte, houve a sustentação oral dos advogados Wladimir Reale (PSL) e Wanderlei Lins Junior (CNTM) e do advogado-geral da União, Gilmar Mendes.
O julgamento teve início com o acolhimento plenário de questão de ordem proposta pelo ministro Néri da Silveira.
O ministro é o relator das ações diretas de inconstitucionalidade movidas pelo Partido Social Liberal (2468), pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (2470) e pelo PT, PCdoB, PDT e PSB (2473). É também o relator da ação declaratória de constitucionalidade 9, apresentada pelo governo.
O ministro Neri propôs que o julgamento da matéria fosse iniciado pela ADC 9. Ele justificou a precedência ao assinalar que a decisão que for aprovada no julgamento da ADC terá efeito vinculante para todas as instâncias do judiciário e, além disso, valerá para todos os cidadãos.
O advogado do PSL, Wladimir Reale, contestou as metas de racionamento de energia, ao considerar que a exigência de 20 por cento de racionamento é “inviável”. Apontou, também, como inconstitucionais a suspensão do fornecimento e a sobretarifa. O advogado considerou o plano de racionamento do governo federal ineficiente e disse que ausência de chuva não pode ser considerada imprevisível.
Ele pediu a concessão de liminar que suspenda os dispositivos da MP.