Poder Judiciário fala para mais de 40 milhões no Dia da Justiça
Estima-se que o Judiciário tenha falado para mais de 40 milhões de pessoas no Dia da Justiça. Apenas pela televisão, cerca de 39 milhões de pessoas, ou 22,25% da população do país, acompanharam as palavras dos magistrados na última segunda-feira.
Convocados pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Maurício Corrêa, juízes e desembargadores de todo o Brasil ficaram à disposição da imprensa para conceder entrevistas, participar de debates e responder a perguntas dos cidadãos.
A TV Justiça dedicou 24 horas de programação à data. Veiculou depoimentos de seis ministros do STF – Maurício Corrêa, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Sepúlveda Pertence e Celso de Mello –, do ministro Ari Pargendler, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do ministro Francisco Fausto, do Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Ao todo, o canal realizou 64 entrevistas com magistrados, contabilizando 17 horas de transmissão ao vivo. Os assuntos mais discutidos focalizaram a situação do Judiciário e a apresentação de soluções para tornar a Justiça mais transparente para a sociedade.
Além de entrevistar os magistrados, a TV Justiça abriu espaço para perguntas da população ao Judiciário. Uma equipe de reportagem deslocou-se para a Rodoviária de Brasília e permitiu que as dúvidas das pessoas que passavam pelo local fossem respondidas por magistrados no estúdio da TV.
Outro ponto alto da programação foi a participação de cerca de 20 juízes no quadro “Brasil a Fora”. Neste espaço, puderam ser mostradas atividades de tribunais e comarcas do interior do país. A reapresentação dos documentários “24 Horas na Vida de um Juiz” e “A Mídia e o Poder Judiciário” também deram uma idéia do dia-a-dia da Justiça.
Na imprensa escrita, o sistema de captura de notícias do STF identificou 235 matérias sobre o Judiciário no Dia da Justiça. Isso significa que mais de 10.000 cm de colunas dos jornais de todo o país foram ocupados por notícias relativas a esse Poder. Além da TV Justiça, rádios, jornais e emissoras de TV públicas e privadas de todo o país cederam espaço para os magistrados, e a sociedade pôde conhecer um pouco mais sobre o funcionamento da Justiça nas cinco regiões do Brasil.
ADESÃO
No Sul, foi grande o envolvimento de juízes e desembargadores com o Dia da Justiça. No Paraná, 57 comarcas de instâncias intermediárias pronunciaram-se sobre o 8 de dezembro. O presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, o presidente da Associação dos Magistrados do estado, o presidente do TRT da 9ª Região, a juíza da 4ª Vara de Família de Curitiba e membros da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) falaram a diversos veículos de comunicação.
A data também foi marcada pela inauguração do Espaço Museu da Justiça, no Palácio da Justiça, em Curitiba, sede do Poder Judiciário paranaense. A ministra do STJ, Denise Martins Arruda, participou da solenidade e fez palestra sobre as necessidades do Judiciário. A ministra também falou da importância do pedido do presidente do STF para que os magistrados ficassem à disposição da imprensa naquele dia.
No Centro-Oeste, o presidente Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho do estado de Goiás, os presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho de Mato-Grosso e Mato-Grosso do Sul – TRT da 23ª Região e da 24ª Região, respectivamente, falaram às mídias locais.
No Distrito Federal, juízes e o presidente do Tribunal de Justiça concederam entrevistas durante todo o dia. A presidente da Turma Recursal dos Juizados do DF participou da programação especial da TV Justiça, explicando o significado da Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais, que funciona junto ao Conselho de Justiça Federal. Ela também destacou o papel dos Juizados Especiais Federais, voltados ao atendimento da população carente.
No Sudeste, integrantes da Anamatra, juízes de Tribunais Regionais Federais e os presidentes dos Tribunais de Justiça dos estados, de Tribunais Regionais Eleitorais e de Tribunais Regionais do Trabalho foram entrevistados por rádios, jornais e televisões.
No Nordeste, os presidentes da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), e do Tribunal de Justiça do estado, além de membros da Anamatra conversaram com jornalistas de diversos veículos. Em Teresina, o presidente e o vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE/PI) falaram à imprensa sobre a função institucional da Justiça Eleitoral e o seu papel da construção da democracia. No sul do Maranhão, juízes das cidades de Imperatriz, Balsas e Açailândia falaram sobre o trabalho escravo.
Na região Norte, os presidentes do Tribunal de Justiça e do Tribunal Regional de Roraima, o presidente do Tribunal de Justiça de Rondônia, além de juízes e desembargadores participaram de entrevistas coletivas. Em Roraima, discutiu-se o relacionamento entre a imprensa e o Judiciário, e as alternativas para a melhor divulgação das ações da Justiça.
O presidente do TRT da 8ª Região, que reúne os estados do Pará e do Amapá, juiz Georgenor Franco Filho, criticou o excesso de recursos permitido pela legislação e defendeu a realização de uma reforma processual “profunda e rápida”, como mais eficaz do que a reforma do Judiciário. Em entrevista coletiva concedida no Dia da Justiça, o presidente do TRT disse que a Justiça do Trabalho não é lenta e explicou seu funcionamento.
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