O Supremo Tribunal Federal passou por auditoria externa, na semana passada, com o objetivo de manter o certificado internacional de qualidade conquistado há dois anos. Durante três dias, o auditor Walmir Pedrosa de Amorim, da Fundação Vanzolini – credenciada pela IQNET, certificadora internacional junto ao Inmetro – esteve no STF a fim de verificar a integridade do sistema de qualidade baseada no ISO 9001/2000, implantado nas Secretarias de Informática, de Documentação e Judiciária, em 2001. As auditorias são realizadas semestralmente desde essa data.

“Uma instituição quando busca uma certificação como essa, é uma forma voluntária de explicitar para sociedade, para o cliente, que ela é transparente”, disse Amorim, ressaltando que o requisito internacional do ISO 9000 tem a finalidade de medir o desempenho das organizações e também “serve como impulsionador do desenvolvimento do país”.

Para ele, a preocupação da Suprema Corte em mostrar a transparência das atividades da Casa, a partir de uma verificação rigorosa, serve como exemplo. “Outras instituições públicas deveriam fazer a mesma coisa até porque o cliente, hoje, sabe dos seus direitos e está buscando a qualidade desses serviços oferecidos pelas instituições e empresas”, disse Amorim.

“Temos a preocupação em melhorar o desempenho do STF”, declarou o coordenador da Qualidade do STF, Ivan Bonifácio. Segundo ele, foram julgados mais processos entre os anos de 2000 e 2003 do que em toda a década de 90. “Esse resultado reafirma a necessidade de um constante aperfeiçoamento dos serviços desde o protocolo até a baixa definitiva dos autos”, ressalta. Bonifácio salienta que, atualmente, são necessários, no máximo, 10 dias entre o protocolo e a distribuição, resultado inédito registrado nos últimos 10 anos. De acordo com ele, o STF recebe 8 mil e 500 processos por mês.

O certificado, credenciado na França Itália, China, Alemanha, Canadá, Japão, e em outros países, deve ser revalidado a cada três anos.

Presidente do STF com auditor (cópia em alta resolução)

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