Segundo rabino, tradição judaica defende aborto considerando-se a integridade física da mãe
A Confederação Israelita do Brasil também participou da audiência pública, no Supremo Tribunal Federal (STF), que discute a descriminalização do aborto. O rabino Michel Schlesinger ressaltou que, segundo a tradição judaica, o aborto é permitido e recomendado em diversos estágios da gravidez, considerada a integridade física da mãe.
De acordo com ele, as razões que poderiam justificar o aborto, sob a perspectiva judaica, vão do risco de vida da mãe, passando pelo risco de saúde física ou mental da mãe, que inclui casos de estupro, incesto, adultério, gravidez na infância, gravidez na velhice, falta de condições sócio-econômicas, bem como a má formação do feto (anencefalia, doenças graves), entre outros. O expositor afirmou que, conforme o judaísmo, não existe vida completa e autônoma durante a gravidez, mas um potencial de vida, “que é sagrada e precisa ser resguardada, no entanto, permanece em debate com diversos outros valores que o cercam”.
EC/EH