Jornalistas estrangeiros visitam ministra Cármen Lúcia
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, recebeu nesta quarta-feira (8) uma comitiva de jornalistas estrangeiros do Knight-Wallace Fellowships for Journalists da Universidade de Michigan (EUA), voltado para a especialização de jornalistas de diversas nacionalidades. Os repórteres vieram conhecer o funcionamento do sistema judiciário brasileiro, com ênfase no Supremo.
Durante a conversa, a ministra comentou sobre alguns julgamentos de mais impacto para a sociedade brasileira nos últimos tempos – como a liberação do aborto em casos de fetos anencéfalos e o reconhecimento da união civil homoafetiva -, a importância da transparência no Judiciário brasileiro, a participação da sociedade nos debates do Supremo, a baixa representatividade das mulheres nas esferas pública e privada, as ações afirmativas confirmadas pelo STF, entre outros assuntos.
A ministra explicou aos visitantes as diferenças de funcionamento entre o STF e a Corte Suprema dos Estados Unidos. A maioria da comitiva era formada por jornalistas americanos. Ela ressaltou a importância da cobertura da imprensa às decisões do STF, cujas sessões plenárias de julgamento são transmitidas ao vivo pela TV Justiça, pela Rádio Justiça e também pelo YouTube.
Os jornalistas mostraram interesse no funcionamento da Corte e, em referência ao Dia Internacional da Mulher, perguntaram também sobre a divisão de gênero tanto na composição do Pleno, quanto em relação ao número de servidores e assessores que trabalham no STF. A ministra explicou que no Supremo o número de servidores e assessores mantém uma proporção numérica entre homens e mulheres.
Quanto à composição do Pleno, ela lembrou que é a segunda mulher a presidir o Tribunal e que até hoje apenas três mulheres foram nomeadas ministras do STF. A ministra Cármen Lúcia destacou que a sociedade brasileira apresenta ainda muita desigualdade no que se refere às questões de gênero.
Ao final do encontro os jornalistas visitaram as instalações do edifício-sede do STF e receberam explicações sobre a história do Tribunal desde os tempos do império até os dias atuais.
RP/JR