STF recebe Queixa-crime contra prefeito de Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul
O Supremo Tribunal Federal recebeu Queixa-crime (Pet 2977) do Ministério Público Federal contra o prefeito de Mundo Novo (MS), Humberto Amaducci, e o vice-prefeito, Sandro Arthur Beilner, ambos do PT. Eles teriam veiculado, durante a campanha eleitoral de 2000, insinuações de que Antônio Cavalcante, na época também candidato a prefeito de Novo Mundo, pelo PSDB, seria o autor do homicídio da ex-prefeita Dorcelina Folador (PT).
Na ação, diz o Ministério Público que em setembro de 2000 o jornal “Gazeta Mercantil” publicou reportagem sob o título “Disputa pela herança de Dorcelina em Novo Mundo” que, em alguns trechos, atribui aos candidatos do PT à prefeitura afirmações contra o candidato do PSDB, configurando os crimes de injúria, calúnia e difamação previstos no Código Eleitoral.
O candidato a prefeito Humberto Amaducci teria dito que “não foi o PT que a transformou nisso. Foram eles que a mataram”. Já o candidato a vice teria afirmado: “vamos ter mais de 50% dos votos. As pessoas estão ansiosas para votar em protesto contra os assassinos de Dorcelina”.
O Ministério Público remeteu a ação para o STF por ter apurado, em fitas de vídeo juntadas por Antônio Cavalcante, “que outras pessoas excederam-se nas suas falas em comício realizado na campanha eleitoral de 2000 pelo Partido dos Trabalhadores, no município de Mundo Novo”.
Entre os que teriam exagerado em seus pronunciamentos, segundo o MPF, estava o deputado federal João Batista dos Santos, ou “João Grandão” (PT/MS). O deputado referiu-se, em discurso, que os que faziam parte do partido adversário do PT na disputa pela prefeitura eram “representantes daqueles que estão envolvidos literalmente com a corrupção”.
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