Presidente do STF participa de bate-papo virtual
O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Marco Aurélio, participou hoje (12/2) de um “videochat” no portal IG, respondendo a perguntas dos internautas. A conversa virtual ocorreu nos estúdios da TV Justiça em Brasília, que transmitiu simultaneamente o evento, com apresentação do jornalista Carlos Eduardo da Cunha.
Também apresentaram questões os convidados especiais: o diretor de jornalismo do IG, Leão Serva, o advogado consultor da Ordem dos Advogados do Brasil em São Paulo (OAB/SP), Sampaio Gouveia, e o advogado-presidente da comissão sobre previdência da OAB/SP, Paulo Pastori.
Vários temas foram abordados. Perguntado por Sampaio Gouveia sobre a morosidade da Justiça e do grande número de processos em tramitação hoje no Supremo Tribunal Federal, o ministro Marco Aurélio respondeu que a origem da massa de processos, principalmente os julgados em Brasília são os econômicos. Para ele, a tendência é que esses processos diminuam.
Respondendo ao internauta André Rodolfo Cavalcanti quanto à avaliação do início do governo Lula, o ministro disse que “a expectativa continua grande, mas temos sinais de preocupação com o social”.
O internauta João Batista Morais mencionou as freqüentes reportagens apresentadas pela mídia ultimamente sobre a violência praticada por jovens com idade inferior a 18 anos de norte a sul do país e perguntou ao ministro se ele pensava que deveria haver maior rigor nas penas dos menores infratores. Marco Aurélio argumentou que não se conserta a situação com penas mais drásticas e que é preciso buscar a origem do problema.
Leão Serva indagou ao ministro sobre reportagens jornalísticas que deixaram de ser veiculadas por conta de decisões judiciais, como as do “Correio Braziliense”, que não pôde publicar notícia sobre o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz; a revista “Carta Capital” deixou de apresentar relato sobre o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho; e mais recentemente a revista “Você S/A”, que foi obrigada a publicar uma reportagem segundo orientações de uma empresa.
Sobre o assunto, o presidente do STF citou a Constituição Federal, declarando: “Precisamos homenagear o que atende ao coletivo, como a liberdade de expressão. No caso da violência, a Carta prevê a punição, não podemos ter censura prévia, principalmente por parte do Judiciário”.
A avaliação do ministro Marco Aurélio sobre o chat foi que houve avanços na aproximação do Judiciário com os cidadãos.
Após uma hora de conversa ao vivo, Leão Serva encerrou o chat anunciando a limitação do tempo, que impediu que mais de 500 perguntas dos internautas fossem respondidas. O diretor de jornalismo do IG ressaltou, porém, que elas seriam encaminhadas ao ministro.
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